A aterosclerose é um problema que pode ser atenuado ou evitado através da alimentação. Siga essas orientações para uma alimentação ideal.
À medida que envelhecemos, nossas artérias perdem parte da elasticidade e ficam mais rígidas. Isso pode evoluir para uma condição progressiva, conhecida como arteriosclerose ou endurecimento (esclerose) das artérias. A aterosclerose é o tipo mais comum de arteriosclerose. É causada pelo acúmulo de placas gordurosas nas artérias.
Coágulos sanguíneos tendem a se formar nas placas gordurosas de aterosclerose, levando a alto risco de infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). O colesterol é o principal componente da placa aterosclerótica. E vários estudos correlacionam níveis sanguíneos elevados de colesterol e triglicerídeos à aterosclerose.
A maioria dos homens por volta dos 50 anos apresenta algum grau de aterosclerose. Nas mulheres, o processo demora mais, presumivelmente graças aos efeitos protetores do estrogênio durante a fase reprodutiva. Após a menopausa, a probabilidade de obstrução importante das artérias das mulheres é igual a dos homens.
A causa precisa da aterosclerose não é conhecida. Entretanto, a maioria dos especialistas concorda que a suscetibilidade genética e uma combinação de fatores ligados ao estilo de vida aceleram o processo: alimentação rica em gordura e colesterol, tabagismo, excesso de estresse e sedentarismo. Diabetes e hipertensão mal controlados também podem contribuir.
Pesquisadores concordam que a alimentação tem um papel crucial, tanto no desenvolvimento quanto no tratamento da aterosclerose. Leia estas orientações para retardar ou prevenir seu surgimento:
1. Limite o consumo de gorduras
A ingestão total de gorduras não deve exceder 20% a 35% das calorias, e as gorduras saturadas (encontradas principalmente em produtos de origem animal) não devem ultrapassar 10% das calorias totais. Algumas estratégias incluem:
- reduzir as porções de carne
- trocar manteiga e margarina por azeite de oliva
- usar laticínios semidesnatados ou desnatados
- aumentar o consumo de hortaliças
Além disso, especialistas sugerem reduzir o consumo de ácidos graxos trans e gorduras hidrogenadas. As gorduras trans são resultado de hidrogenação e aumentam comprovadamente os níveis do colesterol “ruim”. São encontradas em alimentos industrializados, como biscoitos doces e salgados, e petiscos, como batatas fritas.
2. Cuidado com o colesterol
Embora não se acredite que a alimentação rica em colesterol seja tão prejudicial quanto uma dieta rica em gordura, em algumas pessoas a primeira eleva os níveis de lipídios sanguíneos.
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3. Opte por gorduras saudáveis para o coração
Os ácidos graxos ômega-3 do salmão, da sardinha e de outros peixes de água fria reduzem os níveis de triglicerídeos. E também diminuem a tendência à formação de coágulos sanguíneos. As gorduras monoinsaturadas do azeite de oliva, das amêndoas e do abacate, ao substituírem gorduras saturadas, ajudam a reduzir o LDL-colesterol.
4. Coma fibra
Farelo e cereais de aveia, leguminosas, cevada, goma de guar, psyllium e frutas que contêm pectina (como pera, maçã e frutas cítricas) são ricos em fibras solúveis que reduzem o colesterol no sangue, provavelmente por interferirem na absorção intestinal de ácidos biliares e forçarem o fígado a usar o colesterol circulante para produzir mais bile.
5. Inclua na alimentação o máximo possível de alimentos ricos em antioxidantes
Frutas e hortaliças coloridas contêm betacaroteno e vitaminas C e E, que, conforme indicam estudos, evitam o acúmulo de LDL-colesterol nas placas ateroscleróticas. A proteína da soja ainda ajuda a aumentar os níveis de HDL-colesterol (o “bom” colesterol) e fornece proteção antioxidante.
Além da dieta
Além de medicamentos como niratos, betabloqueadores e estatinas, mudanças no estilo de vida podem ajudar:
Praticar exercícios
Estudos mostram que exercícios suaves a moderados podem proteger contra a doença.
Parar de fumar
O cigarro prejudica a estrutura dos vasos sanguíneos.
Fazer checkups regulares
Um médico deve monitorar a pressão e a glicemia.