O adoçante aspartame está presente na Coca-Cola e em diversos outros alimentos.
Cadu Guarieiro | 30 de Junho de 2023 às 12:36
Um ingrediente presente na Cola-Cola e em diversos outros alimentos, tem sido tema de debate nos últimos dias. De acordo com a agência Reuters, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) irá classificar o adoçante aspartame como "possivelmente cangerígeno" a partir de julho.
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A confusão é grande quando rotulamos algo no grupo do "possivelmente", tendo em vista que não conseguimos estipular essa possibilidade como grande ou pequena. Outras substâncias que utilizamos no dia a dia como a aloe vera, o diesel e alguns vegetais em conversa também são classificados como prováveis causadores de câncer. Mas, você sabe o que é o aspartame e o que significa um alimento ser possivelmente cancerígeno? Será que isso significa que você deve parar de consumir ele? Veja a resposta para essas perguntas na matéria abaixo.
O aspartame é um adoçante artificial com capacidade de deixar os alimentos 200 vezes mais doces. Porém, apesar de tão açucarado, a substância possui um baixo nível calórico, tendo apenas 4 calorias a cada grama.
O adoçante aspartame é bastante utilizado em alimentos dietéticos e sem açúcar, como bebidas voltadas à dieta, como refrigerantes zero, gomas de mascar e alguns iogurtes.
Ainda que o ingrediente seja aprovado por órgãos de segurança alimentar e utilizada há decadas, o aspartame sempre foi alvo de controvérsias. Assim, a IARC revisou o resultado de 1.300 estudos acerca da relação entre o adoçante e o câncer.
O anúncio sobre os riscos do adoçante aspartame está previsto para acontecer no dia 14 de julho, de acordo com a publicação da Reuters. Além do anúncio da IARC junto a um comitê separado de especialistas em aditivos alimentares, um artigo na revista médica Lancet Oncology deve ser publicado.
No entanto, afinal, o que significa "possivelmente cancerígeno"? A Agência Nacional de Pesquisa em Câncer utiliza quatro classificações para separar os alimentos e os riscos ao câncer, sendo elas:
Em um texto da BBC, Kevin McConway, professor de estatística na Open University, afirmou que a categorização da IARC não nos diz nada sobre o nível real de risco do aspartame.
A categoria "possivelmente" é utilizada quando há evidência "limitadas" em pessoas ou em alguns experimentos com animais.
"A evidência de que essas coisas podem causar câncer não é muito forte ou elas teriam sido colocadas no grupo 1 ou 2A", afirmou McConway.
As categorizações feitas pela IARC sempre foram polêmicas. Quando a carne vermelha processada foi posta no grupo dos cancerígenos, levou a relatos que compararam o alimento ao fumo.
Ainda não há um número exato sobre a quantidade de aspartame que apresentaria o risco cancerígeno. Porém, desde de 1981, é acordado que 40mg por quilograma de peso corporal consumidos diariamente eram considerados seguros. Ou seja, um adulto de 60kg poderia beber de 12 a 36 latas de bebidas dietéticas diariamente sem se preocupar (dependendo dos ingredientes exatos).
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