Pneumologista orienta pais e responsáveis a darem atenção para os sintomas
Luana Viard | 26 de Novembro de 2024 às 17:45
A asma é uma das condições mais prevalentes globalmente, incluindo no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 20 milhões de brasileiros sofrem dessa doença, que ocupa o terceiro lugar entre as mais atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quando diagnosticada na infância, a asma pode apresentar complicações ainda mais graves, com crises que, em casos extremos, podem representar risco à vida.
Segundo o Dr. Mauro Gomes, pneumologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e consultor da farmacêutica Glenmark, a asma é uma condição crônica que causa inflamação nas vias respiratórias, tornando a respiração mais difícil.
“A condição afeta os brônquios, causando seu estreitamento e impedindo o fluxo adequado de ar para os pulmões, levando às crises de falta de ar”, complementa.
O médico enfatiza que vários fatores podem provocar crises de asma, como alérgenos, variações de temperatura, fumaça de cigarro, poluição e infecções respiratórias. Ele alerta para os principais sinais que pais e responsáveis devem observar em crianças: tosse constante, chiado no peito (sibilância), dificuldade para respirar, falta de ar e cansaço extremo. Contudo, o uso regular de tratamentos preventivos pode ajudar a evitar essas crises.
A seguir, Dr. Mauro indica alguns hábitos essenciais para evitar crises de asma em crianças.
Ambientes livres de poeira, mofo e ácaros são essenciais para evitar o surgimento de crises asmáticas. A ventilação adequada também ajuda a manter o ar mais saudável.
Em algumas pessoas, a mudança de temperatura pode desencadear crises, por isso é importante estar atento aos sinais do corpo e proteger-se.
Substâncias como a caspa dos animais, ácaros, mofo e produtos com cheiro forte podem ser gatilhos para crises asmáticas. Evitar o contato com esses agentes é fundamental.
Tanto a fumaça de cigarro quanto a poluição podem agravar os sintomas da asma. Usar máscaras e umidificadores em dias de baixa qualidade do ar são medidas preventivas recomendadas.
A asma crônica não tem cura, mas o tratamento visa melhorar a qualidade de vida e prevenir crises. Existem dois tipos principais de medicação: a de alívio e a controladora. Os medicamentos de alívio são usados durante as crises para proporcionar uma resposta rápida, geralmente por meio de sprays inalatórios com ação anti-inflamatória e broncodilatadora.
Já as medicações controladoras, que incluem corticoides inalatórios são utilizadas, em longo prazo, para reduzir a inflamação e diminuir a necessidade de medicamentos de alívio.
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