Existem dores no corpo cuja origem é desconhecida. Antigamente, este fenômeno era explicado apenas por meio de distúrbios psíquicos. Hoje sabe-se,
Existem dores no corpo cuja origem é desconhecida. Antigamente, este fenômeno era explicado apenas por meio de distúrbios psíquicos. Hoje sabe-se, entretanto, que as dores que persistem por mais tempo também podem causar alterações no sistema nervoso central.
Desenvolve-se uma espécie de memória da dor, de modo que as dores no corpo podem continuar sendo sentidas quando a causa original já não está mais presente há muito tempo. As reações hipersensíveis a estímulos na realidade inofensivos também podem ser explicadas dessa forma.
Explicando a origem da dor “fantasma”
É possível que a “dor fantasma” que algumas pessoas sentem em membros amputados do corpo se deva ao fato de uma região cerebral “lembrar-se” de sinais de dores antigas. Com a sua falta, outros sinais geram as mesmas sensações de dor. Com o uso de medicamentos e eletroestimulação procura-se fazer com que o cérebro esqueça as dores antigas.
Por que é possível andar sobre brasas sem queimar a sola dos pés?
Caminhar descalço sobre brasas quentes – eis uma experiência basicamente psicológica. A caminhada sobre brasas é popular não apenas no cenário esotérico, como também entre os treinadores da mente que desejam fortalecer a coragem e a autoconfiança. A experiência não é inofensiva – as brasas chegam a temperaturas entre 650°C e 900°C e, para queimar a pele, bastam 60°C. De fato, alguns participantes saem da experiência com grandes bolhas de queimadura.
O truque consiste em andar depressa com os pés secos e refrescar as solas em seguida – na grama, ou também em um balde de água. Além disso, uma pele grossa ajuda, mas com ou sem ela os pés sempre devem tocar a brasa apenas muito rapidamente.
Como o carvão fica em brasa, mas conduz mal o calor, este precisa de ao menos 1/4 de segundo de contato para ser transferido à pele. Para que nenhum pedacinho de carvão fique grudado, as solas dos pés devem estar secas. Mas a caminhada sobre brasas, em si, depende de concentração, que tira o medo e evita o caminhar lento e hesitante.
Quem é mais sensível à dor, o homem ou a mulher?
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O hormônio sexual masculino pode estar por de trás da razão deles sentirem menos dores.
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Já no caso das mulheres, após a queda do estrogênio a tendência é que a sensibilidade à dor também diminua.
As mulheres não apenas sentem dor mais vezes; elas são mais sensíveis a dores do que os homens. Ainda não se sabe ao certo a razão disso. A sensibilidade maior à pressão pode se basear nas diferenças da estrutura da pele. Os cientistas encontraram na pele facial de mulheres duas vezes mais sensores que na de homens.
Aparentemente, os hormônios sexuais também têm grande influência sobre a sensação de dor. Assim, por exemplo, a sensibilidade feminina oscila dentro do ciclo menstrual. No fim da gravidez, alguns hormônios contribuem para a maior secreção de substâncias transmissoras analgésicas, cuja função seria diminuir as dores do parto.
Quando o nível de estrogênio cai após a menopausa, a sensibilidade à dor também diminui. O hormônio sexual masculino também parece influenciar a sensação de dor; em pesquisas animais, ele se revelou como inibidor desta.
Por que sentimos dores que lembram choques no cotovelo?
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O “choque” sentido no cotovelo se deve à produção de impulsos nervosos na região.
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Quanto mais forte a intensidade da cotusão, mais tempo a sensação de “choque” se estenderá.
No cotovelo existe uma região muito sensível no lado interno do osso do braço, ao lado do epicôndilo interno do úmero. Nesse ponto, um nervo corre desprotegido, diretamente sob a pele. Esse nervo ulnar é responsável, entre outros, pela pele e por diversos músculos do antebraço até o dedo mínimo. Uma pancada nessa região faz com que o nervo “dê choques” descontrolados, ou seja, produza impulsos nervosos.
Comparável a uma descarga elétrica, um formigamento mais ou menos doloroso se estende ao longo do lado interno do antebraço até o dedo mínimo. Em geral, a sensação desagradável desaparece após alguns minutos, mas contusões fortes também podem provocar sensações mais demoradas.