A artrite idiopática juvenil é uma doença autoimune bastante comum que atinge crianças e adolescentes, mas você a conhece? Te explicamos!
Louise Cyrillo | 19 de Outubro de 2020 às 12:00
A artrite idiopática juvenil é uma doença que acomete crianças até os 16 anos e é caracterizada principalmente por dores nas articulações. Devido a uma inflamação nas membranas que revestem as articulações, ocorrem inchaço, dor e dificuldade de movimento. Ela é uma doença autoimune, isto é, uma doença na qual o sistema imunológico ataca o próprio corpo.
Apesar de ser pouco conhecida, a artrite idiopática juvenil atinge um número expressivo de crianças anualmente. Pode se manifestar de diversas formas e com diferentes níveis de dor, sendo necessário que adultos estejam atentos às queixas das crianças.
Não se sabe uma causa exata para a doença, mas pressupõe-se que fatores genéticos estejam envolvidos. E, em resposta à traumas articulares, estresses, infecções virais ou bacterianas, ela apareça em crianças predispostas.
Por não ser uma doença contagiosa, crianças e adolescentes com artrite reumática podem manter atividades de socialização em grupo normalmente.
Os sintomas da artrite reumática juvenil são similares ao da artrite que aparece em pessoas mais velhas. Atinge a região das articulações como joelhos, cotovelos, punhos, mãos e pés. Eles incluem:
Essa doença não costuma se apresentar de uma única forma e com um único quadro sintomático, tendo vários tipos possíveis. Dos mais comuns ao mais raros, a prevalência da doença entre diferentes faixas etárias e sexos irá variar muito.
Alguns dos tipos mais comuns são:
O diagnóstico é feito de forma clínica e por um médico reumatologista, com base nos sintomas persistentes de artrite em uma ou mais articulações num período superior a seis semanas.
A febre alta, especialmente na parte da tarde, por mais de duas semanas, é um outro sintoma característico mas que não está presente em todos os tipos. O médico também irá analisar o histórico familiar para compreender a ligação com outras doenças autoimunes e solicitar exames como raio-x para descartar possibilidades.
Quanto mais precoce começar o tratamento e quanto mais adesão do paciente, melhor. Não existe um tratamento único para a doença e nem para cada tipo. Cada subtipo responde melhor a uma forma de medicamentos e cuidados e cada pessoa responderá individualmente a eles.
Como não há uma cura específica, o foco do tratamento é impedir que ocorram deformidades nas articulações atingidas e permitir que a criança leve uma vida sem dor.
Quando há poucas articulações comprometidas, a infiltração de corticoides (cortisona) responde bem. A partir de quatro locais o uso de imunossupressores são mais indicados.
Os imunossupressores agem sobre as células do sistema imunológico que estão atacando o próprio organismo. Quando não há melhora com esse tratamento, a nova terapia biológica é indicada: mais cara, age diretamente contra a substância produzida pela célula imunológica.
Outros tratamentos também podem ser necessários localmente para o olho ou para a psoríase. A fisioterapia é essencial para o tratamento e recuperação das crianças e adolescentes, não podendo ser negligenciada como tão importante quanto os remédios tratamento local para o olho. Dessa maneira, ela irá trabalhar o fortalecimento dos músculos e o alongamento dos tendões, permitindo assim um movimento articular melhor
O uso de corticoide para crianças é evitado ao máximo por médicos, sendo utilizado em último caso. Por ter muitos danos, apenas quando os pacientes apresentam quadros como febre em que não há melhora ou problemas cardíacos em decorrência da artrite.
Também é recomendado o uso moderado de sal e ingestão de alimentos excessivamente calóricos, uma dieta mais saudável deve ser adotada.
A artrite idiopática juvenil é uma doença que não possui uma forma estabelecida de prevenção, além de cuidados com as crianças já conhecidos. Na vida adulta, a artrite reumática pode surgir devido à tabagismo ou por obesidade, problemas não comumente relacionados à crianças.
O diagnóstico precoce e o tratamento global seguido a risca é a melhor forma de lidar com a doença, que pode ficar em remissão durante longos períodos de tempo. Crianças e adolescentes com artrite reumática podem retomar a vida que tinham pré descoberta se desejarem, com seus cuidadores levando em consideração suas necessidades físicas e emocionais.