A morte da mulher, de 27 anos, causou comoção na cidade de Brasiléia, no Acre.
A morte da médica acreana Adriana Rodrigues Laurentino, 27 anos, vítima de uma embolia pulmonar após fraturar o pé esquerdo durante um passeio na Bahia, causou espanto e comoveu a cidade de Brasiléia, no Acre, onde mora a família.
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A jovem, que sempre sonhou em ser médica, havia se mudado para Camaçari, no interior da Bahia, há aproximadamente um ano, para fazer especialização em saúde da família, com previsão de término para 2024.
Por não ter nenhum parente em Camaçari, a médica, afastada do trabalho por conta da fratura, decidiu retornar para o Acre. Adriana pegou o avião para o estado na última sexta-feira (23), afirmou Renata Lopes, prima da profissional e também médica, em entrevista ao G1.
"A família toda está no Acre, ela estava com o pé fraturado e não tinha como ficar dentro do apartamento, estava de atestado. A família se disponibilizou a mandar alguém ficar com ela, mas ela disse que vinha. Esse voo que foi o problema, muito tempo dentro do avião, a perna parada e tudo contribuiu para a embolia pulmonar", afirmou Renata.
Renata conta que Adriana passou mal no aeroporto de Brasília, e ainda que atendida por uma equipe médica no pronto-atendimento do local e avisada que seria levada para uma unidade de saúde do estado, a profissional, após acordar do desmaio, pediu para seguir viagem até o estado acreano.
"Fizeram todos os procedimentos corretos, toda documentação e iam encaminhar ela para um hospital de Brasília. Esse seria o correto. Quando [ela] foi retornando, conversou com a médica e pediu para vir para o Acre, a médica acabou concordando, deu o laudo e ela seguiu o voo. Esse foi o erro. É muito importante que um médico, mesmo que o paciente peça de todas as formas possíveis para seguir viagem, não deixar já que corre o risco de morte no voo. Ela não tinha como embarcar", disse a prima.
Adriana desembarcou em Rio Branco, capital do Acre, no sábado (24), pegou um táxi direto para Brasiléia e foi recebida pela família. Renata disse que Adriana passou o dia brincando, conversando e matando a saudade dos parentes.
Ainda que aparentemente bem, Adriana foi hospitalizada na noite do próprio dia 24. "Oito horas da noite, mais ou menos, vim embora para casa e quando foi umas 9 horas, minha mãe me ligou pra eu correr pro hospital que ela estava sendo intubada. Ela morreu 11 horas da noite do sábado, foi muito rápido. A equipe de Brasiléia está de parabéns, vi eles fazendo tudo que era possível, porém, não tinham mais o que fazer. Tinham dois médicos, além do restante da equipe, tentando reanimar ela por mais de 40 minutos e não deu certo", lamentou Renata.
O velório da médica aconteceu no último domingo (25) e comoveu profissionais de saúde de Brasiléia.
A prefeitura da cidade, o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) e o Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed-AC) emitiram notas de pesar.
O que é embolia pulmonar?
A embolia pulmonar é uma condição médica grave que ocorre quando um ou mais vasos sanguíneos nos pulmões ficam bloqueados por um coágulo de sangue. Esses coágulos geralmente se formam nas veias das pernas, coxas ou pélvis e podem viajar pelo sistema circulatório até os pulmões, causando obstrução. Essa condição pode ser potencialmente fatal, pois interfere com o fluxo normal de sangue para os pulmões, comprometendo a função respiratória.
Sintomas da embolia pulmonar
Os sintomas da embolia pulmonar podem variar de leves a graves, dependendo do tamanho e da quantidade de coágulos presentes. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Falta de ar súbita e inexplicável
- Dor no peito ao respirar ou tossir
- Tosse com sangue ou escarro sanguinolento
- Batimentos cardíacos acelerados
- Ansiedade ou sensação de medo intenso
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