Órgão regulador restringe a venda de produtos que contenham ora-pro-nóbis como ingrediente por possíveis riscos à saúde.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, determinou a proibição da venda de suplementos alimentares que contenham ora-pro-nóbis. Segundo o órgão, a planta cujo nome é Pereskia aculeata mas é conhecida popularmente como ora-pro-nóbis, não está incluída na lista de ingredientes permitidos para esse tipo de produto.
Porque a Anvisa proibiu a venda de suplementos com ora-pro-nobis?
Apesar da popularidade crescente desses produtos, a Anvisa nunca autorizou o uso da ora-pro-nóbis em suplementos alimentares. Por não estarem regulamentados, esses produtos não seguem padrões de qualidade e composição, o que pode representar riscos à saúde de quem os consome.
É importante lembrar que suplementos alimentares não substituem tratamentos médicos e não devem ser comercializados com promessas terapêuticas.
Através da decisão publicada na RE Nº 1.282 na edição de quinta-feira, 03/04, do Diário Oficial da União, a Anvisa também destaca que a atuação dessa proibição vai além da venda de produtos contendo ora-pro-nóbis, abrangendo também a produção, distribuição, promoção, consumo e a retirada desses itens do mercado.
O que é a ora-pro-nóbis?
A ora-pro-nóbis é classificada como uma planta alimentícia não convencional (PANC). Diferente dos vegetais mais comuns como alface, tomate ou arroz, essas plantas não são amplamente cultivadas e, muitas vezes, são vistas como mato ou ervas invasoras por crescerem espontaneamente em terrenos baldios e áreas rurais.
Essas plantas costumam ser ricas em nutrientes, oferecendo boas quantidades de minerais como ferro e cálcio, além de antioxidantes. Isso impulsionou o uso culinário dessa planta e o surgimento de diversos produtos no mercado, como cápsulas e pós feitos com ora-pro-nóbis, com promessas de benefícios variados, desde fortalecer o sistema imunológico até auxiliar na digestão e melhorar a saúde da pele.