Aprenda a identificar lotes falsos desses medicamentos e não coloque sua saúde em risco
O Tysabri® (natalizumabe) e o Ozempic® (semaglutida) são medicamentos de referência muito utilizados por milhares de pacientes em todo o país. Enquanto o Tysabri® representa esperança para portadores de esclerose múltipla, o Ozempic® ganhou destaque não apenas no tratamento do diabetes tipo 2, mas também como aliado na perda de peso, sendo até utilizado por celebridades.
Contudo, se você utiliza um desses medicamentos é importante ficar atento. Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou que foram identificados lotes falsificados de ambos os medicamentos.
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Como identificar o lote de Tysabri falsificado
De acordo com a Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda., detentora do registro do Tysabri® (natalizumabe), o lote falsificado do medicamento pode ser identificado pelas informações incorretas na embalagem, bem como pela ausência ou alteração de certos detalhes.
Ainda segundo a farmacêutica, o lote FF00336 com validade até 01/2026, foi produzido exclusivamente para uso institucional, sem fins comerciais, e apresenta diferenças em relação ao produto original, tais como:
- endereço da empresa responsável pela importação e distribuição escrito de forma incorreta;
- variação na cor das faixas laranja e azul da embalagem;
- fonte diferente das usadas na embalagem original;
- ausência de inscrição em braille na embalagem.
Embora a Anvisa tenha emitido uma medida preventiva (Resolução - RE 3.874/2023), determinando a apreensão, proibição de comercialização, distribuição e uso do produto falsificado, é importante ficar atento. Confira imagens do medicamento falsificado e saiba como identificá-lo:
Como identificar o Ozempic falsificado
A Anvisa foi notificada pela empresa responsável pelo Ozempic® (semaglutida), Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda., no final do ano passado, sobre a presença no mercado brasileiro de unidades falsificadas do Ozempic®.
O Ozempic falso representa um grave risco à saúde, uma vez que pode conter substâncias adulteradas ou em doses inadequadas, comprometendo sua eficácia no tratamento da diabetes tipo 2 e no controle do peso. Além disso, o produto falsificado pode resultar em reações adversas imprevisíveis, colocando o paciente em risco de complicações sérias.
Após o comunicado, a Agência publicou uma medida preventiva (Resolução - RE 3.945/2023), que determinou a apreensão, bem como a proibição de comercialização, distribuição e uso do Ozempic com lote LP6F832, com validade até 11/2025.
Orientações gerais à população e aos profissionais de saúde
Para evitar cair na cilada de comprar medicamentos falsificado, a Anvisa recomenda realizar compras apenas em estabelecimentos regulamentados. Além disso, a Agência também destaca a importância de se certificar de que o medicamento está em uma embalagem lacrada e que a venda seja acompanhada de nota fiscal.
Caso encontrem medicamentos com indícios de falsificação, tanto pacientes quanto profissionais de saúde devem evitar o uso do produto e contatar a empresa responsável para verificar sua autenticidade. Além disso, o caso deve ser reportado imediatamente à Anvisa, preferencialmente pelo sistema Notivisa (para profissionais de saúde) ou pela Ouvidoria via plataforma FalaBR (para pacientes).