É avanço na saúde! Saiba mais sobre o desenvolvimento da vacina contra a hanseníase.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou os testes da primeira vacina contra hanseníase no Brasil. A vacina, denominada LepVax, representa um marco significativo no combate a essa doença infecciosa, sendo a primeira do tipo a ser avaliada no país. Os testes serão conduzidos pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), uma instituição reconhecida por sua expertise em pesquisas sobre hanseníase.
A Fiocruz foi escolhida como responsável pelo ensaio clínico devido à sua longa trajetória no estudo e tratamento da doença, enquanto o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) atuará como patrocinador do projeto. O Brasil, que ocupa o segundo lugar no ranking mundial de casos de hanseníase, poderá, com o desenvolvimento desta vacina, dar um passo decisivo no controle da enfermidade.
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Testes da vacina contra a hanseníase
O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia. Entre 2014 e 2023, o Ministério da Saúde registrou cerca de 245 mil novos casos, sendo 22.773 apenas em 2023. Embora a hanseníase tenha cura e o tratamento seja oferecido gratuitamente pelo SUS, muitos pacientes recebem o diagnóstico em estágios avançados, quando a doença já compromete significativamente sua qualidade de vida e capacidade de trabalho.
A vacina LepVax, atualmente em fase de testes, surge como uma esperança para o controle da hanseníase no Brasil. O Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) é responsável pela condução dos ensaios clínicos no país. Se os testes forem bem-sucedidos, a LepVax poderá futuramente ser incorporada ao calendário nacional de imunizações, ajudando a reduzir a incidência da doença.
A imunologista Verônica Schmitz, líder do estudo na Fiocruz, diz que o Brasil concentra 90% dos casos de hanseníase nas Américas, reforçando a importância de uma vacina eficaz. Atualmente, a vacina BCG é utilizada para prevenir a hanseníase em grupos de risco, mas sua proteção é limitada.
A LepVax, desenvolvida especificamente para combater o Mycobacterium leprae, causador da hanseníase, pode ser um avanço tanto para a prevenção quanto para o tratamento da doença, ampliando as ferramentas de combate à enfermidade.
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