Já ouviu falar de amigdalectomia? Este é o nome da cirurgia para retirar amígdalas, necessária quando elas estão infeccionadas. Saiba mais.
O médico recomendou que você faça uma amigdalectomia (retirada das amígdalas) mas você está preocupado com o procedimento? Pois fique sabendo que não há motivo para se preocupar. Apesar de a garganta ser uma via de passagem usada na respiração, na alimentação e na fala, cirurgias nessa parte vital do corpo são um procedimento comum para os otorrinolaringologistas. Essas cirurgias variam de amigdalectomias rotineiras, também conhecidas como tonsilectomias, a traqueostomias que salvam a vida do paciente.
Retirada das amídgalas
As amígdalas (ou tonsilas) situam-se na parte posterior da garganta, de frente uma para a outra e presas às paredes laterais. Elas são feitas de tecido linfoide, que forma parte da defesa corporal contra infecções.
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Em alguns casos, a retirada cirúrgica, chamada de amigdalectomia, é necessária. No entanto, como há tecido linfoide suficiente em outra parte das vias respiratórias superiores para assumir a função do tecido removido, os pacientes costumam ter menos infecções e inflamações de garganta após a amigdalectomia, ao contrário do que seria esperado, o que se deve à retirada de um importante foco de infecção.
Quando a amigdalectomia é recomendada?
A retirada das amígdalas costuma ser recomendada para pacientes que costumam ter inflamações recorrentes na garganta. Veja abaixo alguns casos onde a amigdalectomia é recomendada!
- Amigdalite aguda: O paciente pode ter uma série de episódios agudos causados por infecções de repetição. Os sintomas são dor de garganta forte e prolongada, com inchaço e inflamação das amígdalas, além de dificuldade para engolir, febre e sensação geral de mal-estar. A cirurgia – sugerida em casos graves – não evita a dor de garganta, mas dá fim a essas crises agudas. Para saber mais sobre amigdalite, veja o nosso post sobre as causas, sintomas e tratamentos da doença!
- Amígdalas aumentadas: As crianças com esse problema podem ter dificuldade para dormir, por causa da obstrução respiratória. O cirurgião talvez recomende a retirada das amígdalas e muitas vezes também das adenoides, se estiverem muito aumentadas, para melhorar a respiração.
- Drenagem de abscesso: O abscesso periamigdalar surge quando há acúmulo de pus – produzido como parte da reação do corpo a uma infecção – entre uma tonsila e os músculos da garganta. É possível drenar o abscesso com agulha ou por meio de uma incisão sob anestesia local. Em alguns casos, o cirurgião recomenda a amigdalectomia, a ser realizada no momento da drenagem do abscesso ou após a melhora.
- Retirada de um tumor: Muito raramente o aumento unilateral da amígdala é sinal de tumor. Pode ser um linfoma (originado no tecido linfático) ou um carcinoma escamoso (originado no revestimento da garganta e mais comum em fumantes).
A operação e o pós-operatório
A amigdalectomia é realizada sob anestesia geral. A boca é mantida aberta por um afastador e as amígdalas são cuidadosamente dissecadas e removidas. O sangramento é interrompido com eletrocautério ou ligadura com fio de sutura. O paciente geralmente deixa o hospital no dia seguinte à cirurgia, com dor de garganta que dura cerca de 7 a 10 dias.