Não é segredo que a exposição ao sol sem proteção é um dos fatores de risco para o câncer de pele. No entanto, há outros fatores que também aumentam a probabilidade. Descubra quais!
Douglas Ferreira | 30 de Abril de 2018 às 08:00
Não é segredo que a exposição ao sol sem proteção, ter pele mais clara e sardas aumenta a suscetibilidade ao câncer de pele. No entanto, há outros fatores que também aumentam a probabilidade de apresentar a doença, que ataca 1 em cada 5 pessoas.
Segundo estudo publicado na revista Journal of Clinical Oncology, após cientistas analisarem os hábitos de mais de 100 mil adultos ao longo de 25 anos, constatou-se que quem tomou suco de laranja ou comeu grapefruit pelo menos uma vez por dia teve risco de câncer de pele 36% maior do que quem consumiu essas frutas duas vezes por semana.
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Segundo os especialistas, isso pode ser explicado pelo fato de frutas cítricas possuírem compostos que deixam a pele mais fotossensível. Mas o Dr. Abrar Qureshi, diretor do Departamento de Dermatologia da Escola de Medicina da Universidade Brown e principal autor do estudo, ressalta que não há necessidade de parar de consumir o suco de laranja; basta diminuir a exposição ao sol, principalmente nas horas seguintes à ingestão dessas frutas.
Em um estudo da revista JAMA Internal Medicine, os homens que tomaram o medicamento tiveram probabilidade 84% maior de ter melanoma num período de dez anos. São necessárias mais pesquisas para provar a ligação. Contudo, os homens com mais de 50 anos têm o dobro da probabilidade das mulheres de desenvolver e morrer de câncer de pele; quer usem Viagra, quer não – e precisam tomar muito cuidado com a proteção da pele.
Quando o sistema imunológico enfraquece, o risco de câncer de pele pode disparar. Essa é uma preocupação para os milhões de pessoas no mundo com artrite reumatoide, lúpus, doença de Crohn e outras moléstias em que o corpo se ataca. Os medicamentos que suprimem a reação imune, usados nessas doenças, podem piorar o problema.
Em um estudo, os inibidores do fator de necrose tumoral utilizados no tratamento da artrite reumatoide aumentaram em 50% o risco de melanoma. Em outros dois estudos, quem tomou drogas imunossupressoras chamadas tiopurinas para controlar a síndrome do intestino irritável ficou mais suscetível ao câncer de pele não melanoma. Esse é um grande problema, diz a Dra. Mona Gohara, professora-assistente de Dermatologia na Escola de Medicina da Universidade de Yale.
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“O câncer de pele é fácil de tratar quando descoberto cedo. Portanto, faça autoexames mensais e consulte o médico de seis em seis meses”, diz a Dra. Gohara.
Uma análise de 16 estudos constatou que ingerir bebida alcoólica em excesso aumenta em 20% o risco de melanoma. A explicação é que talvez compostos do álcool deixem a pele mais sensível. E a pessoa fica mais descuidada com a proteção ao sol; os que consumiram mais de quatro drinques ou algumas cervejas por dia tiveram 55% de aumento do risco de melanoma.
Mulheres com essa quantidade de sinais apresentaram probabilidade nove vezes maior de ter mais de cem sinais espalhados pelo corpo inteiro, um fator de risco do melanoma, dizem os pesquisadores do King’s College, em Londres.
Escrito por Karyn Repinski e editado por Douglas Ferreira.
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