Cientistas da Universidade de Pittsburgh afirmam que o novo exame axilia no diagnóstico de Alzheimer, se faz mais barato e menos invasivo.
Walter Farias | 29 de Dezembro de 2022 às 10:15
Nesta terça-feira (27), um estudo publicado na revista científica Brain, afirma que um novo biomarcador pode otimizar o diagnóstico de Alzheimer. O estudo liderado por Thomas Karikari, foi feito na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. O grande barato, é que o método pode auxiliar na detecção da doença sem que ocorram exames caros e invasivos ao paciente.
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Hoje em dia, para realizar um diagnóstico de Alzheimer, é preciso que se faça exames de imagens cerebrais e a punção do liquidor. Ou seja, a retirada do líquido lombar por meio de agulha. Portanto, procedimentos de custo elevado, demorados e que promovem bastante incômodo e dor. Por isso, a descoborta é vista com bons olhos pelos cientistas.
Em primeiro lugar, é bom dizer que já existem exames de sangue capazes de fazer a detectação de anormalidades nas proteínas amiloide e tau. Que são biomarcadores utilizados para avaliar a professão da doença de Alzheimer, ou outros distúrbios cerebrais com danos neuronais sem demência como AVC e TCE.
No entanto, o estudo liderado por Thomas Karikari afirma que um novo biomarcador consegue ser mais específico para a doença de Alzheimer. Mas como ele funciona?
O exame é baseado em anticorpos que detectam uma forma particular de proteína TAU, que indica a presença de neurodegenração, mas também se mostra específica a doença de Alzheimer. Assim, os pesquisadores testaram o exame em 600 pacientes com Alzheimer.
Os resultados compartilhados na revista Brain, apontam que os níveis da proteína interagiam bem com os níveis dos biomarcadores do liquor e podiam distinguir de modo seguro a doença de Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas.
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Vale destacar que, os níveis de proteína também coincidiam com à gravidade das placas amiloides e dos emaranhados TAU no tecido cerebral de pessoas que faleceram por conta da doença.
O próximo passo será a realização de testes em mais pacientes, só que desta vez, introduzindo origens étnicas diversas e pessoas diagnosticadas com a doença e que já se encontram em diferentes estágios de perda de memória ou apresentam sintomas pontencias de demência.
A ideia é que se traga mais diversidade para pesquisa clínica. Além de uma questão étnica, dando atenção ao histórico socioeconômico. Desta forma, é possível ir de encontro ao desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.
Mas como antes de medicamentos, é preciso haver um diagnóstico. Essa diversidade de pessoas nos testes, também fortalece o estudo desenvolvido na Universidade de Pittsburgh. Afinal de contas, um exame de sangue é mais barato, seguro e prático.
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