Alimentação funcional: você sabe o que é?

Você sabe o que o termo "alimentação funcional" significa? Saiba o que é, quando surgiu e quais são os alimentos considerados funcionais por especialistas.

Amanda Santos | 11 de Novembro de 2019 às 11:02

Milkos/iStock -

Você provavelmente já ouviu falar de alimentação funcional. Mas você sabe o que exatamente este termo significa?

Conforme estudo publicado no Jornal Eletrônico da Universidade Federal de Santa Catarina, o termo “alimentação funcional” engloba alimentos que não apenas nutrem, mas que também fazem bem à saúde ou nos mantêm saudáveis. Para atingir esse benefício suplementar, as comidas ou bebidas são enriquecidas com vitaminas e sais minerais, ácidos graxos, bactérias, fibras e outras substâncias – para estimular a digestão ou fortalecer o sistema imunológico.

Afirma-se que alguns gêneros alimentícios podem baixar a pressão arterial, evitar diabetes e até combater o câncer. No entanto, é preciso ter consciência de que estes alimentos funcionais não funcionam como medicamentos. 

Desde quando existe alimentação funcional?

Os marinheiros da frota de Cabral já sofriam de escorbuto, mas apenas no século 18 reconheceu-se que o suco de limão auxiliava no combate da doença. Mais tarde, descobriu-se que a alimentação pouco balanceada a bordo era o fator causador da doença. A ajuda veio em forma de legumes e frutas em conserva.

No século 19, foram lançados no mercado os primeiros alimentos específicos voltados para o fortalecimento de doentes: cerveja e balas de malte e Ovomaltine. Na década de 1920, apareceram pela primeira vez o flúor e o iodo no sal de cozinha, para proteger a população contra cáries e bócio.

Recentemente, o Japão tomou a dianteira no mercado de alimentos com funções suplementares – desde 1993, é usada a etiqueta FOSHU (Food for Specific Health Use, que significa “Alimentos de utilidade específica para a saúde”), designada para alimentos que supostamente fazem bem à saúde, pois combatem a perda da massa óssea e o câncer, a prisão de ventre e o infarto.

No Brasil, para que esses produtos sejam comercializados, eles têm de ser liberados pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) e rotulado segundo as determinações dela.

Como são produzidos alimentos funcionais?

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Todos os grandes produtores de alimentos têm laboratórios, nos quais examinam seus produtos e desenvolvem novas variações. Neles são ainda testados quais os aditivos que podem ser introduzidos. Em geral, são obtidos de produtos naturais e entregues na forma de matéria-prima. Às vezes pode-se simplesmente misturá-los, em outros casos trata-se de uma questão de design.

Os alimentos funcionais fazem efeito?

A maioria dos produtos promete mais benefícios do que pode comprovar. As quantidades de substâncias benéficas são relativamente pequenas, e os médicos discutem se vitaminas, minerais e outros nutrientes, artificialmente introduzidos, têm o mesmo efeito que as substâncias encontradas em frutas e legumes.

Fibras passam pelo intestino sem serem decompostas, estimulando assim a digestão, mas os ácidos graxos ômega-3 artificiais têm um efeito diferente de quando ingeridos junto com o peixe ou a linhaça. Por fim, alguns efeitos positivos dos alimentos funcionais foram realmente comprovados em laboratório.

Conheça 16 principais compostos funcionais investigados pela ciência, saiba para que servem e em quais alimentos são encontrados:

1. Isoflavonas

2. Proteínas de soja

3. Ácidos graxos ômega-3

4. Ácido a – linolênico

5. Catequinas

6. Licopeno

7. Luteína e Zeaxantina

8. Indóis e Isotiocianatos

9. Flavonóides

10. Fibras solúveis e insolúveis

11. Prebióticos – frutooligossacarídeos, inulina

12. Sulfetos alílicos (alilsulfetos)

13. Lignanas

14. Tanino

15. Estanóis e esteróis vegetais

16. Probióticos – Bífidobacterias e Lactobacilos