Antibiótico em forma de condimento, o alho teve suas propriedades antissépticas primeiro demonstradas pelo químico Louis Pasteur. Confira os benefícios!
Julia Monsores | 2 de Fevereiro de 2020 às 19:00
Antibiótico em forma de condimento, o alho teve suas propriedades antissépticas primeiro demonstradas pelo químico francês Louis Pasteur. O alho, que se considera originário do deserto da Quirguízia, na Ásia Central, é cultivado nos países mediterrâneos desde a antiguidade. Junto do rabanete, da cebola, da ervilha e do pepino, fazia parte da alimentação básica dos trabalhadores que construíram as pirâmides, e era tão valorizado que foi esculpido na Grande Pirâmide de Gizé.
As donas de casa medievais o incluíam em guisados e sopas de legumes. Os franceses sempre consideraram este alimento indispensável e chegaram a usar o seu sumo como desinfetante de feridas na Primeira Guerra Mundial.
O alho tem propriedades bactericidas, antifúngicas e antiviróticas; parece que consegue até exterminar bactérias resistentes a antibióticos, pelo menos em testes de laboratório. A maior parte de seu potencial contra doenças vem dos compostos sulfúricos, que agem como antioxidantes, responsáveis por muitos de seus benefícios cardiovasculares.
Além disso, reduz modestamente o colesterol, mas também é anticoagulante, diminuindo a formação de coágulos e o risco de infarto e acidente vascular cerebral. Seis ou mais dentes de alho por semana podem reduzir à metade o risco de câncer de cólon, estômago e próstata. Os compostos sulfúricos varrem os carcinógenos antes que eles danifiquem o DNA da célula, e forçam as células cancerígenas a se autodestruir.
O alho produz seus compostos químicos curativos apenas quando os dentes são picados, amassados, socados ou mastigados, ou quando é “atacado” de alguma forma, o que deflagra a quebra dos compostos sulfúricos dentro das células. Pique ou soque o alho e deixe descansar por 10 minutos para liberar totalmente seu potencial curativo.