Mesmo com a proibição de permanecer na areia por causa da pandemia de Covid-19, algumas praias lotaram nos últimos fins de semana. Com isso, é possível
Marina Estevão | 15 de Setembro de 2020 às 20:00
Mesmo com a proibição de permanecer na areia por causa da pandemia de Covid-19, algumas praias lotaram nos últimos fins de semana. Com isso, é possível contrair doenças por causa das condições poluídas das praias.
É necessário ter alguns cuidados básicos como medidas de prevenção. Primeiramente, é preciso observar o aspecto da areia e do mar.
Ficar atento para não frequentar praias impróprias para banho é essencial, pois evita o contágio de algumas doenças adquiridas através do mar poluído.
Além disso, é importante:
Veja algumas doenças possíveis de se pegar na praia:
A gastroeinterite infecciosa pode ser adquirida através de comidas e bebidas contaminadas. É muito comum no verão, devido ao calor, e a contaminação acontece na origem ou preparo dos alimentos. Por isso, fique atento ao que consome na praia ou até mesmo aos alimentos que leva de casa.
Os principais sintomas são: vômitos, diarreia, dores abdominais, febre e calafrios, que ocorrem geralmente 12h após a contaminação e podem durar até 72h . Os grupos de risco são bebês, crianças e gestantes (e o feto), e pessoas com deficiência imunológica.
É importante o tratamento rápido para evitar a internação.
A hepatite A pode ser contraída de forma oral ou fecal, o que pode ocorrer através do contato com duas ou mais pessoas, por alimentos ou água contaminada. Por isso, é importante ficar atento, novamente, ao consumo de alimentos e bebidas nas praias.
É uma doença silenciosa, portanto é necessário estar alerta para os sintomas de dor no corpo, mal-estar e desânimo prolongado. O avanço da doença pode causar o escurecimento da urina e olhos amarelados. Em casos extremos, o paciente pode desenvolver hepatite fulminante, que compromete o fígado de forma mais agravada.
A boa notícia é que a maioria das pessoas não avança para o pior estágio da doença, e, para se curar, basta ficar em repouso e se hidratar bastante.
A frieira é um dos tipos mais comuns de micose, ou seja, infecções causadas por fungos. Esses microorganismos existem no corpo humano e em locais úmidos. A contaminação é mais fácil no verão, devido ao suor e ao clima quente e úmido.
Os sintomas são coceira entre os dedos dos pés e ardor. Para evitar a frieira, é importante manter sempre os pés secos e evitar calçados muito fechados e apertados, pois impede a sudorese na região.
É causada por uma pulga chamada Tunga penetrans, que mede 1cm e penetra na pele. Ela está presente em solos arenosos e pode causar muita coceira na planta dos pés.
O tratamento é feito com a retirada da lesão, e em alguns casos, com medicamentos.
A doença pode ser contraída através do contato com a urina de roedores, especialmente ratos. É frequente em época de enchentes e chuvas fortes, devido à água contaminada.
Os sintomas podem ser variados. Há quem desenvolva uma meningite linfocitária ou uma doença grave com insuficiência renal e icterícia (doença de Weill), e há quem tenha apenas febre.
O tratamento é feito através do uso de antibióticos.
O “Bicho geográfico” tem o nome popular por causa do parasita Ancilostomideo, que penetra na pele e, ao se locomover, deixa um rastro parecido com um mapa. Pode ser evitado se não entrar em contato com fezes de cães na areia.
A doença provoca vermelhidão, bolhas e coceira. Pode ser tratada por via oral (ivermectina) ou pomada (cetoconazol).