O mês de agosto é dedicado mundialmente ao incentivo e à promoção do aleitamento materno. As posições certas podem deixar esse momento mais confortável.
Luana Viard | 22 de Agosto de 2024 às 14:45
O Agosto Dourado é celebrado como o mês de incentivo ao aleitamento materno, destacando a importância do leite materno para o desenvolvimento saudável do bebê. Além de fornecer todos os nutrientes necessários, o leite materno fortalece o sistema imunológico do bebê e cria um laço único entre mãe e filho.
No entanto, amamentar pode ser complicado e até frustrante para algumas mulheres, que podem enfrentar desafios como dificuldades na pega ou na sucção, dores, machucados, entre outros, tornando esse momento mais desafiador.
O tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) deste ano é "Amamentação: apoie em todas as situações", destacando a importância de iniciativas e esforços para garantir que todas as pessoas tenham a chance de amamentar.
O leite materno é visto como o alimento mais completo para o bebê, oferecendo todos os nutrientes essenciais para seu crescimento e desenvolvimento. Além de fortalecer o sistema imunológico e proteger o bebê contra várias doenças, o leite materno também fortalece o vínculo emocional entre mãe e filho.
Márcia Regina da Silva, enfermeira obstetra e consultora de amamentação na Maternidade São Luiz Star, da Rede D’Or, ressalta que, entre essas iniciativas, estão a divulgação de informações precisas e a orientação adequada. Ela menciona que algumas estratégias, como o posicionamento durante a amamentação, podem ser particularmente úteis nesse processo.
“Existem diversas posições para amamentar e encontrar a mais adequada pode fazer toda a diferença. Informação também é uma forma de apoio, pois ajuda a mãe a superar os desafios e seguir amamentando. É importante ter em mente que esse é um processo de aprendizado contínuo e individualizado, então a tendência é que aos poucos, a mãe vai se adaptando e ficando mais autônoma e efetiva na mamada”, aponta Márcia.
De acordo com a especialista, é essencial que tanto a mãe quanto o bebê estejam confortáveis durante a amamentação. "A mulher deve experimentar diferentes posições para encontrar a que melhor se adapta a ela e ao bebê. Um bom profissional de saúde pode orientar, mas a decisão final é sempre da mãe", ressalta.
Uma das opções mais usadas e também conhecida como posição de colo. O neném fica no colo, de frente para a mãe, barriga com barriga. “A cabeça do bebê deve estar próxima à dobra do cotovelo, e o corpo alinhado com o da mãe, permitindo que ele abocanhe o máximo possível da aréola inferior", explica a enfermeira.
Nessa posição, a mãe apoia a nuca do bebê com uma mão e sustenta seu corpo com o antebraço, enquanto oferece o seio com a outra mão. "O peito direito é oferecido com a mão esquerda. É uma boa opção para alternar a pega e garantir um esvaziamento completo da mama", aponta Márcia.
Recomendada para bebês mais sonolentos ou para mães que ainda não se acostumaram com outras posições. "O bebê fica debaixo do braço da mãe, que segura a nuca com a mão e o corpo com o antebraço. Além de ajudar a manter o bebê mais acordado, essa posição alterna o ponto de atrito e esvazia bem a mama no quadrante externo", detalha a profissional.
Também chamada de posição de cavalinho, é especialmente adequada para bebês sonolentos. "O bebê fica sentado no colo da mãe, de frente para o peito, com a mãe segurando a nuca", indica Márcia.
O ideal é que a preparação para a amamentação inicie ainda durante a gestação, através de pesquisas, participação em grupos de apoio e consultas com profissionais de saúde. Compreender as diversas posições para amamentação e variar entre elas durante a oferta pode trazer benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê.
“Alternar as posições evita que a criança pegue sempre no mesmo ponto e garante um esvaziamento completo da mama", explica a enfermeira da Maternidade São Luiz Star.
No entanto, ela destaca que, no começo, a mãe deve encontrar uma posição que seja confortável e segura antes de tentar outras alternativas. “Caso tenha dificuldade, busque ajuda, orientação profissional, informações com boa referência, e também aceite ajuda da sua rede de apoio, como amigos e familiares, que podem fazer toda a diferença. Lembre que é uma construção de aprendizado, então, não é algo que a mãe deve esperar dar certo logo de primeira”, explica Márcia Regina.
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