Além de ser uma vitamina essencial no perído da gravidez, o ácido fólico pode ser um grande auxílo no tratamento da depressão. Conheça outros benefícios!
Thaís Garcez | 1 de Julho de 2020 às 20:00
O ácido fólico, ou vitamina B9, foi identificada pela primeira vez na década de 1940, tendo sido extraída do espinafre. Como o organismo não consegue armazená-la por muito tempo, é preciso repô-la diariamente. No organismo, ele é utilizado milhares de vezes ao dia para “fabricar” células sanguíneas, curar ferimentos, “produzir” músculos etc.
Além disso, o ácido fólico é fundamental para a formação do DNA e RNA e garante que as células se duplique normalmente. Sobretudo, é importante no desenvolvimento fetal e ajuda a produzir substâncias químicas essenciais para o cérebro e o sistema nervoso.
Níveis adequados de ácido fólico por ocasião da concepção e durante os três primeiros meses de gravidez reduzem bastante o risco de defeitos congênitos graves. Essa vitamina também regula a produção e o uso pelo organismo de homocisteína – uma substância semelhante a um aminoácido que, em níveis elevados, pode lesar o revestimento dos vasos sanguíneos, tornando-os mais suscetíveis à formação de placas aterosclerótica. Além disso, pode ajudar na prevenção de determinados cânceres, inclusive os de pulmão, colo uterino, cólon e reto.
A vitamina B9 pode ajudar na depressão. Como níveis elevados de homocisteína podem contribuir para essa condição, alguns especialistas acreditam que ela poderia ser eficaz; já que pessoas com depressão muitas vezes têm carência de ácido fólico. Os suplementos de B9 também têm-se mostrado úteis no tratamento da gota e da síndrome do cólon irritável. Como níveis elevados de homocisteína podem ser fator contribuinte para a osteoporose, o ácido fólico poderia ajudar a manter os ossos fortes.
Entenda melhor a osteoporose e como evitar essa doença.
Há cada vez mais evidências de que as pessoas com deficiência das vitaminas do complexo B, ácido fólico e B12, tendem a apresentar deficiência de audição. Quando pesquisadores holandeses deram a 728 idosos (homens e mulheres) 800 microgramas de ácido fólico ou placebo diariamente por três dias, aqueles que tomaram a vitamina apresentaram menos perda auditiva do que os que tomaram placebo. Em outro estudo, pesquisadores injetaram placebo ou vitamina B12 em 20 jovens voluntários diariamente por sete dias e depois expuseram cada grupo a ruídos intensos. O grupo que recebeu vitamina teve melhor recuperação da audição do que o outro grupo.
As vitaminas do complexo B reduzem os níveis do aminoácido homocisteína, que causa danos aos vasos sanguíneos. Ao eliminar a homocisteína, o fluxo sanguíneo melhora, aumentando a saúde das células ciliares do ouvido. Isso é muito importante, pois ruídos intensos podem reduzir o fluxo de sangue para a cóclea, ou ouvido interno, em até 70%. Boas fontes de vitaminas do complexo B são folhas verdes, lentilhas, feijões, mariscos (B12) e cereais enriquecidos.
Embora seja relativamente rara, a deficiência aguda de ácido fólico pode causar uma forma de anemia, diarreia crônica e atraso no crescimento. Os alcoólatras e aqueles que tomam determinados medicamentos para câncer ou epilepsia são suscetíveis à deficiência aguda. Porém, muito mais comum é um nível baixo da vitamina; que não provoca sintomas, mas eleva o risco de doença cardíaca ou de defeitos congênitos. O Ministério da Saúde sugere um limite superior diário de 1.000 mcg para os adultos.
Outras excelentes fontes de ácido fólico são os vegetais verdes, feijões, grãos integrais e suco de laranja. Alguns derivados de trigo integral também costumam ser enriquecidos com ácido fólico.
Se você tiver algum problema de saúde, físico ou psiquiátrico, converse com seu médico antes de tomar suplementos.