Aborto espontâneo: novo exame é capaz de detectar possíveis riscos

Em nova pesquisa, equipe de ginecologistas dinamarqueses trazem uma perspectiva revolucionária sobre o assunto na medicina

Carol Ávila | 18 de Maio de 2023 às 12:29

Uma em cada quatro mulheres grávidas perdem o bebê espontaneamente - Imagem: YakobchukOlena / iStock

Novos caminhos da medicina indicam que um simples exame de sangue pode promover informações sobre abortos espontâneos e um suposto método preventivo. Recentemente, uma equipe de ginecologistas dinamarqueses publicou sua pesquisa sobre o assunto na revista The Lancet. 

Uma em cada quatro gestações termina em perda do bebê. Embora o assunto seja reconhecido, tratamentos e métodos de previsão são ausentes no cenário da medicina. De acordo com o portal UOL, Henriette Svarre Nielsen, ginecologista em Copenhagen, e sua equipe buscaram entender qual é a associação de um aborto espontâneo com uma anomalia cromossômica.

"Se ocorrer um aborto espontâneo, podemos colher uma amostra de sangue da mãe para descobrir as características genéticas do feto", afirmou Nielsen em entrevista à AFP. 

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Até então, um teste com essas características era realizado na Dinamarca somente após a ocorrência de três abortos espontâneos consecutivos e somente com 10 semanas de gestação. Agora, na primeira vez que acontece um aborto espontâneo as mulheres podem ir à emergência para fazer o teste.

Ao coletar o sangue de grávidas que acabam de perder o bebê, é possível isolar e sequenciar o DNA do feto e determinar se há a presença de uma anomalia cromossômica. De acordo com os pesquisadores de Nielsen, a resposta é positiva em mais de 50% dos casos.

Ao identificar anomalias, será possível de, futuramente, estabelecer quais são os riscos para acontecer um aborto espontâneo. Os médicos "verão se [os números de] alguns cromossomos são mais problemáticos do que outros. Isso permitirá que eles determinem um possível risco no futuro", afirmou a integrante da equipe no laboratório, Lene Werge.

Caso nenhuma anomalia seja detectada, os médicos devem partir para uma análise aprofundada e determinar os riscos para seguir com o tratamento indicado.

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