O aborto espontâneo é a interrupção da gravidez de forma involuntária quando o feto possui menos de 20 semanas. Veja as causas e sintomas!
Thaynara Firmiano | 15 de Abril de 2021 às 15:00
O aborto espontâneo é a interrupção da gravidez de forma involuntária quando o feto possui menos de 20 semanas. Esta é a forma mais comum de perda de gravidez. Sendo mais comum que aconteça no primeiro trimestre.
É possível que o aborto espontâneo aconteça antes mesmo da gestante está a par da gravidez. Caso o aborto ocorra nas primeiras semanas de gestação, seus sintomas são mais simples e as complicações são menores. Quanto maior o tempo da gestação, maior os riscos de complicações.
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Identificar as causas de um aborto espontâneo é difícil. Existem diversos fatores que podem causar o abortamento. As anomalias genéticas, por exemplo, são responsáveis por metade dos casos de aborto. Essas anomalias são caracterizadas pela má formação fetal, deixando o feto sem condições para sobreviver.
Problemas hormonais também podem causar abortamento espontâneo. Boas condições endócrinas são parte fundamental para uma gravidez saudável. Se os níveis de progesterona estão desregulados ou os hormônios da tireóide apresentarem alguma alteração, podem influenciar na interrupção involuntária da gravidez. Principalmente nos casos onde já há um histórico de abortamentos.
Deficiências no sistema imunológico, doenças renais, tratamento inadequado de diabetes e trombofilias também integram a lista de possíveis causas para um aborto espontâneo. Algumas infecções como rubéola, toxoplasmose, parvovirose, citomegalovírus, HIV e sífilis influenciam a qualidade da gestação, podendo levar ao abortamento.
Outros fatores de risco que podem levar ao aborto são a idade: mulheres acima de 40 anos tem 40% de chance de sofrerem um abortamento. O percentual pode dobrar em mulheres acima dos 45. Estar com sobrepeso ou abaixo do peso também são fatores de risco. Gestantes que possuem algum tipo de vício, como cigarro, álcool ou drogas tem a chance de aborto aumentada em até 3 vezes.
Seguir as recomendações médicas é a principal forma de se evitar um aborto. Manter uma alimentação equilibrada, fazer uso das vitaminas se recomendadas pelo médico, realizar exercícios físicos leves e indicados para grávidas e fazer o acompanhamento pré-natal de forma correta são fundamentais para ter uma gestação saudável.
Não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica, não usar drogas, cigarros ou bebidas alcoólicas também é fundamental para evitar problemas na formação do bebê durante gestação.
Caso a gestante tenha alguma doença crônica como diabetes e hipertensão é importante também realizar todos os exames indicados pelo médico e também os de rotina.
Quando o aborto espontâneo acontece no início da gestação, antes mesmo da gestante ter ciência da gravidez, é comum que seus sintomas se confundam com o de uma menstruação. Caso ocorra antes da segunda semana de gravidez, nem mesmo a intensidade do sangramento causará estranhamento.
Os sintomas mais comuns são:
Também é comum que durante o aborto a pessoa sinta tristeza e angústia. Dependendo do estágio da gravidez, esses sintomas podem se confundir facilmente com o período menstrual.
Outro ponto que pode ser notado é o desaparecimento de sintomas da gravidez como náuseas e vômitos. Caso o aborto tenha sido causado por uma infecção, é possível sentir dores mais fortes, febre, sensações de cansaço e fraqueza como se estivesse doente.
Em caso de suspeita de estar sofrendo um aborto, o recomendado é que a gestante procure um médico, que deverá realizar exames para saber o que está acontecendo com o feto. No entanto, um aborto em andamento não pode ser revertido. Sendo assim, caso o aborto já esteja acontecendo, a gestante deve passar pelo acompanhamento médico para que o aborto seja completo e seguro.
O médico deve acompanhar se o aborto sofrido foi incompleto, completo ou retido. O aborto completo se dá quando há o expelimento de todo o conteúdo uterino. O incompleto se caracteriza pela expulsão apenas de parte deste conteúdo e o retido é quando o feto está morto no útero a mais de 4 semanas.
Em casos como o retido e o incompleto, é comum que seja recomendado o uso de medicamento para um aborto químico, onde o útero será estimulado a expelir todo o ceteúdo restante, ou a realização da curetagem, um procedimento médico indicado para retirada de placenta ou finalização de abortos incompletos.