A rainha dos baixinhos revelou recentemente que sofre com uma condição hereditária que causa a queda progressiva dos cabelos
Recentemente, a apresentadora Xuxa Meneghel compartilhou em um programa de TV que enfrenta a alopecia genética, uma condição hereditária responsável pela queda progressiva dos fios. Sua declaração chamou a atenção para um problema que afeta milhões de pessoas globalmente e que, muitas vezes, gera insegurança e dúvidas.
De acordo com a tricologista Dra. Danielle Gitti, da Cabeloz, esse tipo de alopecia é uma das formas mais frequentes de perda capilar, atingindo tanto homens quanto mulheres. “A alopecia androgenética, ou calvície hereditária, tem origem genética e está relacionada à ação do hormônio DHT (di-hidrotestosterona) sobre os folículos capilares. Esse hormônio encurta o ciclo de vida dos fios, tornando-os progressivamente mais finos até que parem de crescer”, explica a especialista.
O que é a alopecia genética?
A alopecia androgenética é um tipo de calvície progressiva e hereditária. Em homens, ela costuma se manifestar como recuo da linha capilar e rarefação no topo da cabeça. Já em mulheres, o padrão é um afinamento difuso dos fios, especialmente na parte central do couro cabeludo, sem afetar a linha frontal.
O que pode desenvolver alopécia genética?
Existem alguns fatores que podem gerar o desenvolvimento de alopécia genética, que causa queda nos cabelos.
- Predisposição genética: Pessoas com histórico familiar de calvície têm maior chance de desenvolver a condição.
- Ação hormonal: A testosterona é convertida em DHT por meio da enzima *5-alfa-redutase*. Esse hormônio enfraquece os folículos capilares, acelerando sua miniaturização.
- Envelhecimento: A alopecia genética pode se manifestar a partir dos 20 anos, mas tende a se acentuar com a idade.
De acordo com a Dra. Danielle Gitti, “é importante lembrar que a alopecia androgenética não significa apenas perder cabelo. Ela pode ter impactos psicológicos profundos, afetando autoestima e qualidade de vida. Por isso, quanto antes o diagnóstico for feito, melhor será a resposta ao tratamento”.
Como identificar alopécia genética?
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento mais eficaz. Para isso, tricologistas e dermatologistas utilizam métodos avançados de avaliação, como:
- Dermatoscopia digital: Um exame de imagem que permite visualizar o couro cabeludo em alta definição, identificando miniaturização dos fios e padrões de rarefação.
- Teste genético capilar: Em alguns casos, exames genéticos podem avaliar a predisposição para a calvície.
- Biópsia do couro cabeludo: Se necessário, um pequeno fragmento da pele do couro cabeludo é analisado para descartar outras causas de queda capilar.
Segundo a Dra. Danielle, “a consulta com um especialista deve ser o primeiro passo para entender a real causa da queda de cabelo. Hoje, temos exames extremamente precisos que nos permitem diferenciar a alopecia androgenética de outros tipos de alopecia, como a areata e a eflúvio telógeno”.
Tratamentos e cuidados para alopecia genética
A boa notícia é que existem diversas formas de controlar a progressão da alopecia androgenética. “O tratamento ideal depende do grau da calvície e das características individuais de cada paciente”, afirma a Dra. Danielle Gitti.
1. Tratamentos tópicos e sistêmicos
Minoxidil: Estimula o crescimento dos fios e prolonga a fase anágena (de crescimento). “O minoxidil é um dos ativos mais utilizados e pode ser potencializado com nanotecnologia para melhor absorção”, explica a especialista.
Finasterida e Dutasterida: São medicamentos orais que bloqueiam a ação da enzima 5-alfa-redutase, reduzindo a conversão de testosterona em DHT. “Esses medicamentos são eficazes, mas devem ser prescritos com acompanhamento médico, pois podem apresentar efeitos colaterais”, alerta a Dra. Danielle.
Espironolactona (para mulheres): Ajuda a reduzir a ação dos hormônios androgênicos no couro cabeludo.
2. Terapias Inovadoras
Terapia a Laser de Baixa Intensidade (LLLT): O uso de laser estimula os folículos e melhora a circulação sanguínea no couro cabeludo.
Microinfusão de medicamentos (MMP): Consiste na aplicação de medicamentos diretamente no couro cabeludo, aumentando a absorção dos ativos.
Plasma Rico em Plaquetas (PRP): Técnica que utiliza fatores de crescimento derivados do próprio sangue do paciente para estimular os folículos capilares.
3. Transplante Capilar
Em casos mais avançados, quando os tratamentos convencionais não são suficientes, o transplante capilar pode ser uma solução.