As mulheres apresentam as mais altas taxas de condições e dores de cabeça por tensão, osteoartrite e artrite reumatoide, fibromialgia, disfunção
As mulheres apresentam as mais altas taxas de condições e dores de cabeça por tensão, osteoartrite e artrite reumatoide, fibromialgia, disfunção temporomandibular, dor pélvica e abdominal. Mas, se a qualidade da dor das mulheres difere da dos homens é mais controverso.
O que os especialistas dizem sobre o assunto?
Estudos sugerem que as mulheres tendem a sentir dor mais intensamente do que os homens, o que poderia ajudar a explicar por que elas relatam condições dolorosas com mais frequência.
Mas a natureza subjetiva da dor torna difícil esta conclusão. As mulheres podem achar mais aceitável queixar-se de dor do que os homens, o que as torna mais propensas a admitir que estão sofrendo. Ou podem ser mais sensíveis ao sofrimento, tanto nelas quanto nos outros.
Ainda assim, pesquisas sugerem que pode haver razões biológicas para elas sentirem mais dor. Talvez em decorrência de fatores como genética, hormônios, bioquímica e anatomia. Estudos mostram que certos analgésicos agem melhor em mulheres do que em homens (e vice-versa), dependendo de como se ligam aos vários receptores no sistema nervoso central. É significativo que os medicamentos que são aparentemente mais eficazes nas mulheres, conhecidos como kapa-opioides, são menos prescritos do que os que parecem funcionar melhor nos homens.
As diferenças vão além da dor
Outras diferenças de gênero relacionadas ao tratamento são ainda mais surpreendentes. Apesar de as mulheres parecerem sofrer mais, estudos sugerem que o fato de ser mulher aumenta a probabilidade de que ela tenha a dor tratada de modo insuficiente.
Especialistas em dor apontam para preconceitos entre os médicos, que supõem que elas exageram a dor. No entanto, a realidade pode ser o oposto. Com base em pesquisas, alguns especialistas afirmam que as mulheres são sensíveis a tais acusações e podem, na realidade, relatar a dor que sentem de forma atenuada.