Manter-se bem informado é essencial para uma vida plena. Por isso, reunimos algumas pesquisas sobre saúde e bem-estar que vão ajudá-lo!
Douglas Ferreira | 6 de Setembro de 2020 às 14:00
Manter-se bem informado é muito importante para fazer escolhas conscientes. A informação segura e confiável é também a melhor forma de prevenção contra as notícias falsas. Por isso, nós reunimos algumas pesquisas sobre saúde e bem-estar que vão ajudá-lo a manter-se bem informado.
As residências para idosos costumam ter espaços compartilhados e atividades comunitárias, mas muitos moradores se queixam de solidão. Para descobrir por quê, pesquisadores da Califórnia entrevistaram 30 moradores da mesma casa de repouso. Alguns disseram que se sentiam solitários apesar da presença dos outros, que não compensavam a perda das pessoas amadas que tinham morrido. No entanto, era menos provável que as pessoas sofressem de solidão quando aceitavam o processo de envelhecimento, se sentiam à vontade com a própria companhia, buscavam ativamente o companheirismo ou tinham compaixão e se concentravam em ajudar os outros. Em resumo, alguns hábitos e características internas protegem da solidão; talvez seja possível cultivá-los com a ajuda de um terapeuta.
Não é incomum sentir ansiedade depois de um AVC; afinal de contas, a experiência é assustadora. Mas, de acordo com uma revisão recente de estudos de observação, cerca de um quinto dos sobreviventes de AVCs ainda convive com a ansiedade dois anos depois do acidente. Não se sabe a razão dessa persistência, diz Peter Knapp, da Universidade de York, no Reino Unido, autor do estudo.
“Mas há indícios, na maioria anedóticos, de que o AVC aumenta a probabilidade de fobia social e medo de recorrência.”
Ainda não sabemos qual é o tratamento mais eficaz para a ansiedade ligada aos AVCs, mas talvez valha a pena experimentar os que funcionam com transtornos de ansiedade em geral, como a psicoeducação (saber mais sobre a ansiedade e as estratégias para lidar com ela) e a terapia em grupo, sugere Knapp. Se as opções não farmacêuticas não derem certo ou não forem factíveis, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina podem ajudar.
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Sabe-se que os ácidos graxos ômega-3 dos peixes reduzem o risco de doença cardíaca. No entanto, uma tese de doutorado da Universidade da Finlândia Oriental indica que o mercúrio encontrado em alguns peixes diminui o efeito cardioprotetor. Os cientistas mediram os ácidos graxos ômega-3 de amostras de sangue de homens de meia-idade. O nível mais alto foi associado a melhor frequência cardíaca em repouso e maior capacidade de exercitar-se. Mas essa associação foi menos pronunciada nos participantes que tinham nível elevado de mercúrio em amostras de cabelo. Conclui-se que seria melhor escolher peixes gordurosos pobres em mercúrio, como salmão, truta, cavala e arenque.
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Quando a temperatura passa dos 35°C, o ventilador pode não prevenir problemas como a exaustão térmica, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Na verdade, pode até piorar a situação por soprar ar quente na pele – ou assim diz a teoria. No entanto, um estudo publicado nos Annals of Internal Medicine encontrou indícios de que os ventiladores só são contraproducentes quando o ar é muito quente e seco.
Até que ponto você sente impulsos ou ânsias irresistíveis de comprar coisas de que não precisa ou que acaba não usando? Até que ponto se angustia com preocupações, impulsos ou comportamentos ligados às compras? Essas são algumas perguntas da recém-criada Excessive Buying Rating Scale (Escala de Classificação das Compras Excessivas – EBRS, na sigla em inglês). “Nosso nível de gastos fica numa linha contínua”, explica o psicólogo clínico australiano Mike Kyrios. “A maioria se mantém aí pelo meio.” No grupo do alto, os hábitos de compra tendem a provocar efeitos incapacitantes ou angustiantes, como discórdia na família, problemas profissionais e financeiros (por exemplo, bancarrota). Essas pessoas usam as compras como compensação emocional ou para fugir de sentimentos negativos, explica Kyrios. Por isso, o diagnóstico de “transtorno das compras” está sendo elaborado para identificar quem sofre dele e desenvolver estratégias para melhorar sua vida.
Se o excesso de peso prejudica sua saúde física e mental ou sua capacidade funcional, o apoio de um profissional de saúde pode ser de grande ajuda. Porém o mais comum é tentar gerenciar o problema sozinho ou com dietas comerciais. Infelizmente, essa estratégia faz mais mal do que bem. “O problema é que o peso nem sempre está inteiramente sob nosso controle”, diz Jennifer Brown, nutricionista do Centro de Excelência Bariátrica do Hospital de Ottawa, no Canadá. “O corpo tem reações genéticas e fisiológicas para recuperá-lo. Para muita gente, isso provoca uma sensação de fracasso e uma relação negativa com a comida e o corpo.”
As novas diretrizes clínicas do Canadá e de outros países veem a obesidade como doença crônica que pode ser administrada – e essa administração não envolve necessariamente emagrecimento. Hoje, muitos nutricionistas ajudam a pessoa a se concentrar em outras metas, como, por exemplo, ter mais energia, melhorar a saúde cardíaca ou subir escada sem perder o fôlego. O nutricionista orienta o paciente a se alimentar bem e se exercitar – o que é importante para todos, seja qual for o peso –, mas também a lidar com o estigma que envolve injustamente a obesidade. “Não é uma escolha de vida”, enfatiza Brown. “E não se baseia apenas em hábitos alimentares. Essa concepção está errada.”
Quem toma anticoagulantes como varfarina ou apixabana para doenças como cardiopatia pode ter, como efeito colateral, mais facilidade de sangrar intensamente no corpo inteiro. Mas o sangramento gastrointestinal, que pode aparecer como sangue no vômito ou nas fezes, deve ser sempre investigado como possível sintoma de câncer colorretal. Essa foi a conclusão de um estudo, publicado na revista European Heart Journal, feito com mais de 125 mil pacientes dinamarqueses que tomavam anticoagulantes para fibrilação atrial. Mais de cinco por cento dos participantes que notaram sangramento gastrointestinal receberam diagnóstico de câncer colorretal no ano seguinte. É provável que os medicamentos expliquem alguns dos outros casos, mas é melhor não pressupor sem verificar.
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