5 alternativas menos invasivas que o peeling de fenol

O fenol é uma substância química cáustica que pode causar efeitos adversos, por isso buscar alternativas menos invasivas para cuidar da pele é o ideal.

Luana Viard | 11 de Junho de 2024 às 15:20

Empresário morreu após realização de peeling de fenol e a busca por procedimentos menos invasivos é importante para garantir mais segurança, - Bojan89 / istock

Henrique Silva Chagas, um empreendedor de 27 anos, faleceu após submeter-se a um tratamento de peeling de fenol na cidade de São Paulo. O procedimento foi realizado em uma clínica de estética, aparentemente clandestina, operada pela influenciadora digital Natalia Becker. As autoridades estão atualmente conduzindo investigações sobre o estabelecimento e a profissional envolvida.

De forma geral, a aplicação do fenol é desaconselhada para indivíduos com histórico de problemas cardíacos, hepáticos ou renais, aqueles com propensão a formar queloides, mulheres grávidas ou lactantes, fumantes e pessoas em tratamento com certos medicamentos, como antidepressivos, anticonvulsivantes e para pressão arterial.

Mas, existem outras alternativas para cuidar da pele de forma mais segura e menos invasiva. Selecionamos algumas opções para você que deseja melhorar o aspecto da pele de forma efetiva e menos agressiva.

O que é peeling de fenol?

O procedimento de peeling de fenol envolve a aplicação de um composto orgânico altamente ácido, que induz uma reação inflamatória na pele. Essa inflamação leva à descamação da camada superficial do tecido, com o objetivo de diminuir manchas e cicatrizes.

Nos dias subsequentes ao tratamento, é comum observar a pele "descamando" do rosto. Embora seja uma técnica reconhecida por sua eficácia no combate a rugas e flacidez, requer cuidados específicos.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) indica que procedimentos invasivos, como é o caso do peeling de fenol, "devem ser feitos por médicos". Por isso, é importante buscar médicos capacitados para evitar acidentes e desconforto na pele.

Quais são os perigos do peling de fenol?

De forma geral, o peeling de fenol feito sem auxílio médico e com os cuidados necessário, pode causar queimaduras graves, infecções e cicatrizes permanentes.

"O fenol é um produto químico de rápida absorção pela pele. Isso faz com que logo nos primeiros segundos após a aplicação ele caia na corrente sanguínea e vá para o coração e outros órgãos. Por isso o uso dele requer diversos cuidados", comenta Alexandre Kataoka, cirurgião plástico e coordenador do departamento de Comunicação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

5 alternativas menos invasivas que o peeling de fenol

Se você deseja uma pele mais hidratada, uniformizada e bonita sem procedimentos agressivos, existem algumas boas alternativas. Ainda assim, procedimentos estéticos precisam de acompanhamento profissional. Somente dessa forma você pode garantir que  resultado fique bom e sua segurança fique intacta.

“Peelings mais suaves e outros tratamentos, como laser, radiofrequência, microagulhamento, preenchimento com ácido hialurônico, bioestimuladores de colágeno injetáveis e fios de PDO, têm se mostrado eficazes no estímulo do colágeno e melhoria da textura da pele”, indica a dermatologista Juliana Toma ao site Metrópoles.

Opções menos invasivas que o peeling de fenol. (Ruslan malysh / istock)

1. Dermabrasão

A dermoabrasão é um método mecânico que emprega uma escova rotativa ou instrumento abrasivo para eliminar as camadas externas da pele. Seu propósito é tratar cicatrizes de acne, rugas leves e manchas de pigmentação, promovendo uma textura cutânea mais suave e uniforme.

Considerado um procedimento moderadamente invasivo, o tempo de recuperação varia de alguns dias a semanas, conforme a profundidade do tratamento.

2. Peeling de Ácido Tricloroacético (ATA)

A técnica de peeling com ácido tricloroacético (ATA) emprega esse composto em diferentes concentrações para promover a esfoliação cutânea. Seu propósito é tratar rugas superficiais, hiperpigmentação e cicatrizes leves, ao mesmo tempo que estimula a renovação celular e a síntese de colágeno.

Comparativamente ao peeling de fenol, o ATA é considerado menos invasivo, com um período de recuperação que varia de alguns dias a uma semana.

3. Morpheus 8®

O procedimento Morpheus 8® une microagulhamento com radiofrequência para promover a síntese de colágeno e elastina nas camadas mais profundas da derme. Seu objetivo é tratar a flacidez, rugas e cicatrizes, resultando em uma pele mais firme e revitalizada.

Considerado de baixa invasão, o Morpheus 8® oferece uma rápida recuperação e apenas um mínimo desconforto para o paciente.

4. Laser Fotona Starwalker

O Laser Fotona Starwalker emprega tecnologia a laser para eliminar as camadas externas da pele e impulsionar a produção de colágeno. Seu uso é indicado para tratar rugas, cicatrizes de acne e hiperpigmentação, resultando em uma melhora na textura e no tom da pele.

Este procedimento é considerado moderadamente invasivo, com um tempo de recuperação que pode variar de alguns dias a uma semana.

5. Estimuladores de colágeno

Os bioestimuladores de colágeno, como Sculptra® e Radiesse®, são injetáveis que estimulam a produção de colágeno com o passar do tempo. São recomendados para tratar flacidez, rugas e perda de volume, conferindo à pele uma aparência mais rejuvenescida e firme.

Esse tratamento é considerado minimamente invasivo, com uma recuperação rápida e resultados que se aprimoram gradualmente ao longo de meses.

Essas alternativas menos invasivas oferecem resultados eficazes para quem busca melhorar a aparência da pele sem os riscos e o tempo de recuperação associados ao peeling de fenol. No entanto, é importante consultar um dermatologista para determinar qual tratamento é mais adequado para as necessidades individuais de cada pessoa.

Se você ainda sofre com dúvidas sobre o peeling de fenol, leia nossa matéria: Peeling de fenol: confira riscos, tipos de peeling e como são feitos.

Fontes: Terra, G1, Metrópoles e BBC.

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