Novas descobertas do mundo da medicina provam que a tecnologia ainda tem muito a contribuir para a saúde humana.
Redação | 8 de Abril de 2022 às 12:00
Algumas décadas atrás, a maioria das pessoas via a própria saúde de maneira fatalista. Mas isso agora mudou. Os avanços tecnológicos possibilitaram uma série de novas descobertas que modificaram por completo o nosso conhecimento acerca da saúde humana. Mas engana-se quem pensa que a ciência e a tecnologia não têm mais com o que contribuir. Para provar como elas ainda estão presentes no mundo da medicina, nós separamos quatro notícias que mostram como a tecnologia e a ciência estão de mãos dadas com a medicina.
Em geral, para saber se um machucado está sarando direito, é preciso remover o curativo, o que pode ser doloroso e arriscado por dar aos patógenos uma oportunidade de atacar. Agora, pesquisadores australianos da Universidade RMIT, em Melbourne, desenvolveram curativos “inteligentes” que percebem mudanças bioquímicas na pele. Os curativos brilham sob a luz ultravioleta quando alguma infecção começa a se instalar. Em ferimentos que já foram infectados, a ausência de luz fluorescente indica que a infecção sarou. Depois de mais testes, o produto será disponibilizado a médicos do mundo inteiro.
Quase um terço das pessoas com depressão deixa de reagir aos tratamentos disponíveis, como medicação e psicoterapia. Mas uma equipe da Universidade da Califórnia inovou e teve sucesso tratando a depressão de uma mulher de 36 anos com o implante cirúrgico no crânio de um aparelho que funciona a pilha. Parecido com o marca-passo do coração, o aparelho detectava o padrão anormal de atividade elétrica no circuito do humor de quando ela ficava deprimida. Com a emissão de pulsos breves de estímulo elétrico, a depressão melhorava de forma quase imediata. Chamada de estimulação cerebral profunda, essa técnica minimamente invasiva logo será testada em mais pacientes com depressão grave resistente a tratamentos.
A detecção precoce do câncer de mama por meio de mamogramas ajuda a salvar vidas. Infelizmente, o exame tem o quádruplo de probabilidade de não indicar cânceres em mulheres com seios muito densos, que têm o dobro da probabilidade de câncer de mama comparadas à média das mulheres. Agora, um estudo holandês publicado na revista Radiology mostrou que, em pacientes com mamas extremamente densas sem nódulos perceptíveis, uma ferramenta de exame baseada em IA (inteligência artificial) que está sendo testada consegue descartar a existência de câncer em 40% das pacientes. (A ferramenta, que usa um método automático de triagem baseado em aprendizado profundo, foi treinada com dados de sete hospitais e testada com dados de uma oitava instituição.) Isso reduzirá de forma significativa a carga de trabalho dos radiologistas e lhes permitirá se concentrar em casos complexos e menos definidos.
Ano passado, um informante do Facebook revelou que o gigante das mídias sociais sabia, por estudos internos, que uma de suas plataformas, o Instagram, fazia as pessoas se sentirem mal a respeito de si mesmas e contribuía para aumentar a depressão e a ansiedade. Isso se devia à comparação constante com os outros. Talvez não surpreenda que a comparação social faça mal à saúde física. De acordo com um estudo publicado na revista Journal of the American Heart Association, as pessoas que consideravam seu status social inferior ao dos outros tinham pressão arterial, colesterol, glicemia e índice de massa corporal mais altos, o que aumentava o risco de doença cardíaca e diabetes tipo 2. Como, mais do que nunca, as mídias sociais facilitam se comparar com os outros, os pesquisadores sugerem entrar em grupos inclusivos e solidários, on-line ou não.