A gordura corporal geralmente é vista como a grande vilã pelas pessoas. Mas, você sabia que nem toda gordura é prejudicial para a nossa saúde?
A gordura corporal geralmente é vista como a grande vilã pelas pessoas. Mas, você sabia que nem toda gordura é prejudicial para a nossa saúde? Veja abaixo 13 segredos da gordura do corpo que você precisa saber:
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Seus quilos a mais devem ser evitados a todo custo, não é? Na verdade, embora estar acima do peso não costume fazer bem à saúde, nem toda gordura é igual; parte dela pode ser até benéfica.
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Há dois tipos principais de gordura corporal. A gordura branca é mais abundante e é o que pegamos quando beliscamos o meio do corpo. A gordura marrom, encontrada principalmente na região do pescoço, queima energia em vez de armazená-la, como faz a gordura branca, de acordo com o Dr. Scott Kahan, diretor do Centro Nacional de Peso e Bem-Estar de Washington.
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A gordura marrom também pode evitar o diabetes. Segundo um estudo publicado na revista Cell Metabolism, os indivíduos com quantidade maior de gordura marrom têm menos flutuações da glicemia e, assim, risco reduzido de desenvolver diabetes.
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Os bebês têm alto nível de gordura marrom, que ajuda a regular a temperatura do corpo. Infelizmente, ela se perde com a idade, e os adultos só têm pequenas quantidades.
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Os adultos podem aumentar a gordura marrom se expondo ao frio. Num estudo recente, pessoas que dormiram num quarto relativamente frio (por volta dos 19°C) aumentaram em até 40% a quantidade e a atividade da gordura marrom. Mas dormir em calor leve (27°C) reduziu a quantidade de gordura marrom. Parece que banhos frios não a afetam.
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Outro promotor da gordura marrom: casca de maçã. O ácido ursólico, encontrado em teor elevado na casca da maçã, aumenta a gordura marrom. Outros alimentos que contêm ácido ursólico são os arandos (cranberries), os mirtilos e as ameixas frescas e secas.
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A gordura marrom tem seus problemas. Os radiologistas não gostam dela, porque o calor que produz torna mais difícil encontrar com aparelhos a atividade ligada a tumores em pacientes com câncer. Embora não haja indícios decisivos de que algum alimento ou nutriente ative a gordura marrom, em geral os radiologistas recomendam aos pacientes que façam uma alimentação rica em gordura e pobre em carboidratos antes dos exames, porque isso reduziria a ativação da gordura marrom. (Ou seja, parece que uma alimentação com pouca gordura e muito carboidrato promoveria essa atividade.) Os radiologistas até mantêm aquecidas as salas de espera para não ativar a gordura marrom.
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Assim como a marrom não é perfeita, a gordura branca também não é de todo má. Embora as pessoas tendam a demonizá-la, a gordura branca traz benefícios importantes à saúde. Ela envolve e protege os órgãos vitais. Ajuda a nos manter aquecidos. E, é claro, armazena calorias para uso posterior, evitando que morramos de fome se houver escassez de comida.
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Às vezes, a gordura branca se transforma em marrom, quando é chamada de gordura bege. Como a marrom, a gordura bege queima calorias e, portanto, ajuda a combater a obesidade. Os cientistas ainda tentam descobrir como acontece a conversão; um estudo indica um hormônio chamado irisina, que os músculos produzem quando se exercitam.
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A sensibilidade das células adiposas às mudanças de temperatura permite que haja mais de uma maneira de nos livrarmos da gordura indesejada. Tratamentos resfriadores como o CoolSculpting literalmente congelam e matam as células adiposas, explica a Dra. Anne Chapas, diretora do Union Square Laser Dermatology e instrutora de dermatologia do Centro Médico Monte Sinai, em Nova York. O corpo remove essas células lesionadas no decorrer de vários meses.
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O calor também pode ser usado para eliminar células adiposas, diz a Dra. Chapas. “Vários estudos mostraram que aquecer as células adiposas acima de 40°C num período mais longo pode provocar sua morte programada”, revela ela, e depois elas são eliminadas pelo corpo. É o mecanismo usado na lipólise a laser e por radiofrequência, tratamentos populares para emagrecer. Mas a destruição das células adiposas não significa que o peso não vai voltar. As que sobram podem se expandir e novas células surgem depois dos tratamentos com calor ou frio, que não substituem a alimentação saudável e os exercícios.
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A cor não é o único sinal que revela a nocividade da gordura. Por exemplo, o excesso de gordura armazenada no abdome ou em torno de órgãos internos, como o fígado e o intestino, “libera substâncias inflamatórias e outras moléculas que aumentam o risco de doença cardíaca, doença hepática, diabetes e mais problemas de saúde”, observa o Dr. Kahan. Por outro lado, a gordura armazenada nos braços, pernas ou quadris não costuma fazer tanto mal.
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A gordura foi ligada à saúde cerebral. De acordo com um estudo publicado na revista Neurology, pessoas com índice de massa corporal (IMC) e razão entre cintura e quadril mais altos tinham menos matéria cinzenta – material do cérebro que processa informações novas – do que pessoas mais magras. Mas os autores do estudo não sabem dizer se a gordura corporal é causa ou consequência dessas diferenças cerebrais.
POR DENISE MANN