Descubra aqui a verdade por trás de cinco tabus sobre orgasmo feminino e os benefícios do autoconhecimento para a saúde da mulher.
No próxima dia 31 de julho é celebrado o Dia do Orgasmo. A data surgiu em 1999 na Inglaterra com o intuito de aquecer as vendas de produtos eróticos nas sexyshops. No entanto, hoje, a data ganhou novos significados e é utilizada para ampliar o debate sobre o orgasmo feminino e as dificuldade que muitas pessoas tem em chegar ao ápice do prazer.
Embora existam muitos esforços para ampliar o debate sobre prazer sexual, o orgasmo feminino ainda é um tabu em muitas sociedades. A busca pelo prazer no corpo da mulher costuma ser desvalorizada e não estimulada o suficiente. Estima-se que cerca de 80% das mulheres tenham falta de libido ou dor durante as relações. Esses problemas por muitas vezes passam despercebidos para a mulher, que pode achar comum, por falta de instrução e conversa sobre o tema.
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O problema se estende até à incapacidade de chegar a um orgasmo; em 2017 uma pesquisa feita pelo Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (Prosex), calculou que 55,6% das mulheres que participaram do estudo, isto é mais da metade, nunca atingiram o clímax em suas relações sexuais. Entre dor e falta de excitação, o estudo trouxe dados preocupantes sobre a vida sexual das brasileiras.
A educação sexual mostra-se cada vez mais importante nessas horas, visto que o orgasmo não é alcançado apenas com a penetração, as mulheres precisam saber que merecem o prazer e como chegar lá. Além disso, as dificuldades durante a relação sexual devem ser conversadas com o(a) parceiro(a) a todo momento, tornando a relação mais prazerosa e leve para ambos, já que a prática sexual possui vários benefícios para a saúde e deve ser bem aproveitada.
5 mitos sobre o orgasmo feminino
1. O orgasmo só é alcançado com penetração
MITO! O orgasmo feminino pode vir de vários estímulos. O estímulo clitoriano é inclusive o mais fácil de proporcionar o orgasmo à maior parte das mulheres. O clitóris é o órgão feminino responsável pelo prazer no corpo da mulher, ele ainda é o detentor da maioria dos tabus e é grande parte do processo de autoconhecimento e libertação sexual da mulher.
2. O (A) parceiro(a) é o único responsável pelo orgasmo da mulher
MITO! A mulher tem vários modos de buscar o prazer sozinha, sem depender de ter ou não um(a) parceiro(a). Mesmo estando com alguém, o ideal é ela se sentir tranquila para se abrir e contar do que realmente gosta na hora da relação, afinal somos responsáveis pelo nosso prazer e coadjuvante pelo do(a) parceiro(a)
3. A mulher não teve contrações, então significa que ela não gozou?
MITO! O orgasmo feminino leva a contrações vaginais, mas pode se manifestar por várias mudanças e efeitos no corpo da mulher, a contração é apenas um deles, podendo levá-la a nem perceber a contração, ou ser mais leve.
4. Transar menstruada impede o orgasmo
MITO! Caso haja vontade, o sexo durante o período menstrual pode ocorrer de forma normal. Respeitando os limites do corpo da mulher e sempre utilizando camisinha, o orgasmo também é possível.
5. Masturbação dificulta o orgasmo durante o sexo
MITO! O autoconhecimento só ajuda a melhorar cada vez mais as experiências com e sem outras pessoas. Estimula-se a masturbação masculina desde a pré-adolescência, e a obtenção de orgasmo nunca foi duvidada, por exemplo. É, então, recomendado para as mulheres que se toquem e descubram o que as dá prazer.
A importância da autodescoberta
A prática sexual é muito importante, seja sozinha, com o parceiro ou com brinquedos sexuais. Ela permite a descoberta e a aceitação do próprio corpo e do próprio prazer.
Recomendam-se exercícios de pompoarismo não só para melhorar a performance nas relações sexuais da mulher, como, principalmente, para combater cólicas, dores durante a penetração e até aumento da lubrificação.
Lembrando sempre que as dores durante relação devem ser acompanhadas por um médico, já que podem indicar endometriose, simples falta de lubrificação ou outras complicações.
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