Todos os pais querem dar aos filhos um bom começo de vida. Por isso é importante se atentar à alimentação do bebê. Leia mais sobre isso.
Todo pai e toda mãe querem dar aos filhos um bom começo de vida – e isso significa escolher a comida certa desde o princípio. Ao proporcionar a seu filho uma alimentação balanceada e ajudá-lo a formar hábitos alimentares saudáveis durante os primeiros anos, você está lhe dando uma base sólida para o futuro. A seguir, entenda como deve ser a alimentação do bebê.
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O peso de nascimento dos bebês mais que duplica nos primeiros seis meses de vida. Embora o ritmo de crescimento desacelere um pouco depois do primeiro ano, as crianças continuam a ganhar peso regularmente. Durante esses anos iniciais, os bebês e as crianças precisam, proporcionalmente, de mais nutrientes que os adultos.
Gorduras e proteínas na alimentação do bebê
Diferentemente dos adultos, para os quais uma alimentação rica em fibras e pobre em gorduras é mais adequada, os bebês e as crianças pequenas têm estômago pequeno e precisam de fontes concentradas de energia e nutrientes, que servem de combustível para seu crescimento.
A gordura é a forma de energia mais concentrada, e um bom suprimento dela é essencial para os bebês. O leite materno contém ácidos graxos poli-insaturados especiais que são cruciais para o desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso central e dos olhos. Até o desmame, o leite materno ou as fórmulas infantis irão garantir toda a energia e proteína de que os bebês precisam até os primeiros seis meses de vida.
Os bebês precisam de três vezes mais proteínas por unidade de peso corporal, se comparados aos adultos. Esse nutriente vital é usado para construir todas as células e tecidos que permitem a seu filho crescer.
Mas, à medida que começam a comer mais alimentos sólidos e a beber menos leite, a proteína deve vir de outras fontes. Carnes e leguminosas devem ser incluídas na dieta do desmame. Depois disso, pode-se começar a introduzir peixe e ovos bem cozidos.
Minerais essenciais para os bebês
Ferro
O ferro é um componente essencial da hemoglobina, o pigmento vermelho do sangue, que transporta oxigênio a todas as células do corpo. Sem ferro suficiente, a anemia irá se desenvolver, causando fadiga, falta de energia, perda do apetite e desenvolvimento físico e mental mais lento.
Os bebês nascem com um suprimento de ferro que dura até os seis meses, aproximadamente. Daí em diante, é preciso assegurar-se de que comam alimento ricos em ferro.
Antes dos seis meses, ofereça ao bebê em processo de desmame cereais enriquecidos com ferro. Depois dos seis meses, ovos bem cozidos podem ser dados ao bebê e, após os dez meses, podem-se oferecer carne vermelha, fígado, peixes gordurosos e vegetais verde-escuros, como ervilha, brócolis, espinafre e couve-de-bruxelas, e frutas secas.
O tanino do chá impede o ferro de ser absorvido; portanto, evite dar chá às crianças pequenas, mesmo após o desmame.
Cálcio
O cálcio é vital para o esqueleto em crescimento do bebê, e também para dentes saudáveis, músculos, coração, função nervosa e coagulação sanguínea. O leite materno e as fórmulas infantis em geral suprem todo o cálcio necessário nos primeiros meses de vida da criança.
No entanto, à medida que seu filho cresce, derivados do leite, como queijo, iogurte, requeijão e pudim de leite, são outras boas opções ricas em cálcio.
Vitaminas essenciais à alimentação do bebê
Na alimentação do bebê, não podem faltar vitaminas A, C e D a partir dos seis meses, caso ele receba aleitamento materno, e quando ele parar de tomar a fórmula infantil, caso ele use mamadeira.
Vitamina A
A vitamina A, também conhecida como retinol, é crucial para pele e olhos saudáveis. Ela transforma a luz em sinais elétricos na retina.
Frutas e vegetais de cor laranja, como cenoura, pêssego e damasco, são boas fontes de vitamina A, assim como o leite, laticínios integrais, ovo, margarina e fígado. Se você estiver amamentando, pode precisar elevar seu consumo de vitamina A acima do valor de referência de 600 mcg.
Vitamina C
A vitamina C é necessária para o crescimento e a recuperação dos tecidos. Além disso, ela favorece a absorção de ferro; portanto, é aconselhável associar alimentos ricos em ferro com outros ricos em vitamina C, principalmente se a criança segue uma alimentação vegetariana.
As maiores fontes de vitamina C são: frutas cítricas, kiwi, manga, abacaxi, goiaba, tomate e pimentão verde. Outras fontes são: batata, batata-doce, frutas frescas e hortaliças como brócolis, couve e couve-de-bruxelas.
Vitamina D
A vitamina D é essencial para a absorção do cálcio dos alimentos, e sua deficiência pode causar a doença óssea conhecida como raquitismo. Encontra-se uma boa quantidade de vitamina D em óleo de peixe, fígado, cereais e margarina enriquecidos, e também no leite e na manteiga.
A maior parte da vitamina D de que fazemos uso é resultado da ação da luz do Sol sobre a pele; por isso, as crianças pequenas devem ficar algum tempo ao ar livre, principalmente no verão, a fim de formar uma reserva da vitamina. Certifique-se de protegê-las de queimaduras solares com um chapéu e/ou filtro solar.
Dê água para o seu bebê
Até os três anos, as crianças têm uma área superficial de pele grande com relação ao tamanho de seu corpo. Portanto, podem perder muito líquido por meio da transpiração, principalmente no calor. Ofereça líquidos com frequência ao bebê para prevenir a desidratação.
As melhores opções são leite e água. Refrescos e sucos com açúcar diminuem o apetite e são nocivos aos dentes, mesmo que ainda não tenham surgido. Os sucos são uma boa fonte de vitamina, mas seu teor de açúcar e sua acidez também podem prejudicar os dentes da criança. Para evitar que isso aconteça, dilua-os bem e restrinja-os à hora das refeições.