O Departamento de Saúde Pública dos Estados Unidos anunciou novos casos de gonorreia resistente aos remédios utilizados em seu tratamento; confira detalhes
Recentemente, o Departamento de Saúde Pública (DPH) dos Estados Unidos anunciou que no estado de Massachusetts, foram detectados dois casos de uma nova cepa da bactéria causadora da gonorreia. Até o momento, não foi identificada nenhuma conexão direta entre os dois individos e os casos foram curados com sucesso pelo uso da ceftriaxona, um antibiótico recomendado para tratar o problema.
O anúncio foi acompanhado de um alerta pelo DPH aos laboratórios e agentes de saúde para que aumentem as políticas de conscientização sobre infecção. Além disso, foi recomendado o aumento na testagem de indivíduos sintomáticos e nas doses de ceftriaxona no tratamento de pacientes.
Segundo o site Healthline, esse problema pode ser se agravado devido ao aumento da atividade sexual durante a pandemia e a redução nos exames de saúde de rotina. No Brasil, a gonorreia é considerada uma das infecções sexualmente transmissíveis com maior incidência. De acordo com dados de 2021 do Ministério da Saúde, cerca de 500 mil novos casos são diagnosticados anualmente no país.
Um problema coletivo
Segundo a agente de saúde Margret Cooke, apesar de já termos conhecimento de ocorrências semelhantes na Europa e na Ásia, a descoberta dessa cepa é um sério problema coletivo.
Ainda acrescenta um apelo: “Pedimos a todas as pessoas sexualmente ativas que sejam regularmente testadas para ISTs e considerem a redução do número de parceiros sexuais e o aumento do uso de preservativos". Diante desse caso, é importante reforçar que o sexo seguro deve ir muito além da gravidez. Confira dicas de como se proteger.
Outro ponto muito falado sobre as ISTs é que, muitas vezes, elas agem de forma silenciosa e podem se tornar ainda mais perigosas. Entenda melhor sobre sintomas, prevenção e tratamentos para ISTs.
Quais são os sintomas da gonorreia?
Em geral, nos homens os sintomas de gonorreia são mais aparentes, como pus e ardência ao urinar. De acordo com o ginecologista Regis Kreitchmann, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infecto-Contagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), essa IST se manifesta de formas diferentes em homens e mulheres.
Ele explica que, quando os sintomas aparecem para mulheres, tendem a envolver secreção vaginal e dor ao ter relações sexuais e fazer xixi. Em casos raros, também apresentam sangramento fora do período menstrual.