Na pandemia, muitas mulheres passaram a não usar calcinha durante o dia. Confira os benefícios dessa prática para sua saúde íntima!
Assim como o sutiã, a calcinha se tornou uma peça indispensável para muitas mulheres. Mas ao longo do tempo, o debate sobre usar ou não usar calcinha trouxe algumas reflexões importantes, como o fato de que permanecer com a peça por tempos prolongados pode acabar causando desequilíbrios na região.
E assim, aumentar a propensão de doenças, como candidíase, doença que afeta 75% das mulheres.
Usar ou não usar calcinha?
De acordo com a Dra. Evelyn Prete, ginecologista e obstetra, a vagina, naturalmente, possui um PH ácido, mantido pelo equilíbrio de uma flora constituída por diversos micro-organismos.
Essas bactérias e fungos, que são altamente sensíveis à temperatura e à umidade, acabam sendo afetadas pelo uso prolongado da calcinha. E isso porque ela altera a temperatura e a umidade da vagina.
“Usar a peça pode gerar um desequilíbrio dessa flora e aumentar o risco de infecções vaginais, corrimentos e infecção de urina, além de processos alérgicos e assaduras. Sem a calcinha, a mulher mantém a região mais ventilada, com melhor controle de temperatura, favorecendo o equilíbrio da flora vaginal”, explica.
Um hábito adquirido ao longo do tempo
As calcinhas existem há mais de 500 anos. No entanto, ao longo do tempo foram tomando novas formas. Os primeiros registros evidenciam modelos maiores, calções na altura dos joelhos usados por debaixo das roupas da época.
Já no pós-guerra, as calcinhas ganharam contornos mais sensuais e estilosos, dando origem ao que temos hoje: diversos modelos de roupas íntimas.
Atualmente, a tendência é utilizar tecidos de maior “respirabilidade” das regiões íntimas das mulheres, assim como tecido tecnológicos que permitem, por exemplo, reter a menstruação (confira mais sobre as calcinhas absorventes aqui).
Aproveitando o período de isolamento para não usar calcinha
Com os longos períodos sem sair de casa, muitas mulheres permitiram-se ficar sem calcinha por mais tempo. O que, de acordo com a Dra. Evelyn Prete, é muito benéfico para a saúde.
“Para quem está passando a maior parte do dia em casa, ficar sem a peça em outros momentos, além da hora de dormir, também é ótimo. Quanto mais tempo sem, mais benefícios para sua saúde íntima. Então por que não passar a manhã toda sem calcinha, por exemplo?”, conta.
Com uma maior transpiração da região, as chances de desenvolvimento de agentes patogênicos, como a Cândida, diminuem. Sem falar no maior conforto!
Vai usar? Então atenção aos tecidos e modelos
Para as mulheres que não se sentem confortáveis em deixar a roupa íntima de lado, segundo a ginecologista é importante atentar-se para os tecidos e modelos das calcinhas.
Existem tecidos menos agressivos para a vagina, como o algodão, que é permeável, não aquece muito a região (como o náilon) e permite uma maior circulação de ar da região.
Além disso, o tecido é mais macio, provocando menos atrito com a pele da vulva e diminuindo a incidência de assaduras e lesões.
E além da questão da escolha do tecido da calcinha, é importante atentar-se para a escolha de modelos mais larguinhos. E isso porque ficar muitas horas com calcinhas apertadas pode provocar uma maior fricção da região.