Você sabe o que é o efeito rebote na pele oleosa? Sabe por que ele ocorre e como tratá-lo? Confira dicas com dermatologistas!
Com as altas temperaturas do verão, o clima mais abafado, e a maior produção de suor, é comum que quem tenha pele oleosa tenda a lavar o rosto com mais frequência. No entanto, isso pode ser perigoso, causando o tão temido efeito rebote.
Para entender o que é esse efeito, quais são suas causas, consequências, e como evitá-lo, conversamos com duas dermatologistas, que separaram dicas preciosas para manter a pele linda nessa estação.
Confira!
O que é o efeito rebote?
O efeito rebote nada mais é do que o aumento da produção de sebo quando removemos toda oleosidade da pele.
“A nossa pele tem naturalmente uma camada de gordura, que a protege da perda de água. Se lavamos excessivamente o rosto, e diminuímos muito essa camada de gordura, o organismo entende isso como uma agressão. E assim, passa a produzir ainda mais gordura para tentar manter o manto lipídico natural da pele. E esse aumento exacerbado na produção de gordura é o que chamamos de efeito rebote”, explica a dermatologista Dra. Mariana Corrêa, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
O que causa o efeito rebote na pele?
Segundo a Dra. Laís Leonor, dermatologista da clínica Dr. André Braz, praticamente tudo o que causa a perda do manto lipídico na pele pode levar a um efeito rebote — em especial a limpeza excessiva da pele.
E diferentemente do que muitas pessoas podem acreditar, não acontece apenas com a pele oleosa, mas com todos os tipos de pele.
“Trata-se de um mecanismo de defesa em que o organismo produz mais sebo para repor essa gordura perdida. Essa oleosidade excessiva passa a ser bem desagradável. Acontece em todos os tipos de pele, seja oleosa, mista ou seca”, explica a Dra. Laís Leonor.
Quais são as consequências do efeito rebote?
De acordo com a Dra. Laís Leonor, o biotipo da pele oleosa é caracterizado por ser uma pele mais espessa, naturalmente com uma maior produção de gordura — sobretudo na testa e no nariz.
“A lavagem excessiva como tentativa de remover a oleosidade da região é um dos exemplos que ocasiona efeito rebote. O aumento da oleosidade pode ocasionar uma cascata de efeitos, desde de coceira e irritação na região afetada, até cravos, espinhas, pústulas e cicatrizes, consequentemente”, explica.
Quantas vezes devemos lavar o rosto no verão?
Agora você deve estar se perguntando: mas afinal, quantas vezes eu devo lavar o meu rosto no verão, a fim de evitar o efeito rebote? De acordo com a dermatologista Mariana Corrêa, de duas a três vezes é o mais indicado.
“Recomendo a higiene do rosto 2 ou no máximo 3 vezes ao dia e com sabonetes próprios para o seu tipo de pele”, explica.
Além disso, a Dra. explica que é importante usar hidratantes faciais apropriados para o seu tipo de pele.
“Alguns medicamentos, como os retinoides e o ácido glicólico, além de formulações que contenham substâncias seborreguladoras, que devem ser prescritos por dermatologistas, também podem ajudar”, conclui.
Rotina de cuidados para pele oleosa
Mas os cuidados com a pele não param na lavagem. Para ter uma aparência saudável, as outras etapas da skincare para pele oleosa devem ser seguidas, usando sempre os produtos adequados para o seu tipo de pele.
“As etapas básicas de tratamento, como a limpeza, hidratação e fotoproteção, devem ser seguidas de acordo com o tipo de pele. A cosmética é capaz de interagir com a estrutura da pele e promover mudanças fisiológicas e corrigir desordens cutâneas. E assim, evitar o efeito rebote”, diz a Dra. Laís Leonor
Com receio de que vão tornar a pele ainda mais oleosa, muitas pessoas abrem mão da hidratação da pele — um erro que pode custar caro à saúde da cútis.
“A falta de hidratação, que também é uma agressão à pele, dá efeito rebote principalmente na zona T. As glândulas sebáceas produzem maior quantidade de sebo, pois entendem que a pele está desprotegida. E assim, ela fica desidratada, porém oleosa. Portanto mesmo as peles oleosas necessitam de hidratação para sua proteção”, conclui a doutora, que explica que também é importante, com a pele já limpa, investir no uso de ativos, como vitamina C.
Fontes:
A Dra. Mariana Corrêa é dermatologista, com atuação em Brasília e BH. Possui residência médica em Dermatologia UERJ/RJ, residência em Clínica Médica na Santa Casa de BH/MG, título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. — CRM 869155 RJ – RQE 24182 – RQE 24181
A Dra. Laís Leonor é dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, atua na clínica Dr. André Braz e é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. — CRM: 1003046 | RQE: 27290