Você não abre mão do ar-condicionado? Então é preciso antentar-se para algumas questões para evitar problemas respiratórios! Confira.
Quando as temperaturas aumentam, é comum que o uso do ar-condicionado também aumente. E embora esse aparelho traga muitas vantagens e comodidades, também pode apresentar riscos.
E isso porque o uso excessivo, associado à falta de limpeza ou manutenção desse aparelho, pode gerar sérios prejuízos à saúde — principalmente para o sistema respiratório.
“Em relação ao uso do ar-condicionado, pessoas que têm problemas respiratórios devem redobrar o cuidado e a atenção em relação as pessoas que não apresentam nenhum tipo de doença”, explica o Dr. Guilherme Scheibel*, otorrinolaringologista.
Quais são as consequências do uso frequente do ar-condicionado?
O ar-condicionado opera reduzindo a umidade do ambiente, para que, assim, possa refrigerá-lo.
No entanto, isso faz com que as mucosas do nariz e da boca fiquem ressecadas. E assim, percam a capacidade de filtrar os vírus e bactérias, que vão direto para o pulmão.
“No verão eu vejo um aumento dos problemas respiratórios ligado ao uso excessivo do ar-condicionado, pois o ar muito frio e seco do aparelho agride a mucosa nasal. Em resumo, na nossa mucosa nasal temos vários cílios responsáveis por fazer a limpeza. Uma partícula entra em contato com o início do nariz, essa partícula vai sendo limpa junto com o muco e é levada para trás pra gente deglutir ela. Isso é fundamental na fisiologia nasal. O uso excessivo do ar aliado a baixa temperatura pode ajudar a paralisar esses cílios, prejudicando a limpeza do que você respira”, explica o Dr.
Além disso, as mucosas secas, se forem associadas também ao tabagismo e ao ar poluído, propiciam também o surgimento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que afeta milhões de pessoas por todo o mundo.
De modo geral, o uso excessivo do ar-condicionado pode gerar:
Um modo eficaz de aumentar a umidade do ar, mesmo utilizando o aparelho de refrigeração, é optando por um umidificador de ar. Esse aparelho tem efeitos quase que imediatos, e pode ser usado em diversos ambientes. Confira essa matéria para saber mais sobre como ele funciona!
Atenção às mudanças bruscas de temperatura
Do lado de fora, o termômetro marca 40º, mas dentro do seu quarto, o ar-condicionado está no 18º? Cuidado, pois isso pode trazer sérios prejuízos a sua saúde.
Quando o ambiente externo está muito quente, temos o costume de programar o aparelho para a temperatura mais baixa, afim de refrescar mais rapidamente.
No entanto, o ideal é que o interior não tenha temperaturas muito baixas. E isso porque a variação brusca de temperaturas entre os espaços é perigosa.
“Não use o ar na potência máxima, procure deixar alguns graus de diferença da temperatura externa. Além de evitar o ressecamento das mucosas nasais, diminuir a diferença da temperatura nos ambientes internos e externos evita o choque térmico e possíveis doenças, explica o Dr. Guilherme.
Gripes, problemas respiratórios, crises alérgicas e até mesmo dores musculares podem ser evitadas se não houver mudanças bruscas de temperatura. Desse modo, é aconselhável optar por uma variação de 8º a 10º entre os ambientes.
E a limpeza do ar-condicionado?
O Dr. Guilherme explica que a limpeza do ar-condicionado também é outro ponto que merece destaque.
“Um ar-condicionado que não é limpo periodicamente, ou de maneira correta, tende a acumular fungos, bactérias, ácaros, e sujeiras prejudicais para a nossa respiração. Ou seja, é extremamente importante também a limpeza do ar para evitar alguma complicação mais seria”, explica Scheibel.
De forma geral, é aconselhável realizar a limpeza do aparelho pelo menos uma vez ao mês. Mas caso você o use com mais frequência, a cada 15 dias é ainda melhor. Além disso, cheque sempre o prazo-limite para troca dos filtros do seu aparelho.
No mercado, também é possível encontrar modelos de ar-condicionado equipados com um sistema de purificação de ar. Esses conseguem eliminar do ambiente partículas de poeiras.