A APLV, alergia à proteína do leite de vaca, é uma doença comum entre bebês e crianças, mas que pode desaparecer com o tempo. Saiba mais!
A APLV, alergia à proteína do leite de vaca, é uma doença comum entre bebês e crianças, mas que pode desaparecer com o tempo. É importante observar a reação da criança ou bebê ao consumo do leite e/ou derivados, pois os sintomas podem aparecer de imediato.
Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.
O que é APLV?
APLV é a sigla usada para identificar a alergia à proteína do leite de vaca. Essa alergia é uma doença comum entre bebês e crianças, mas que também pode aparecer em adultos.
Os primeiros sintomas da APLV aparecem na infância e tendem a desaparecer com o tempo. Geralmente, por volta dos 4 anos, a criança deixa de apresentar os sintomas da alergia.
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Ao primeiro sinal de alergia à proteína do leite de vaca é necessário levar a criança a um pediatra para que o diagnóstico seja feito de forma correta. Os sintomas da APLV podem ser leves ou até mais graves. Por isso, não deixe de buscar acompanhamento médico ao primeiro sinal.
Qual é a diferença entre intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca (APLV)?
A Alergia à Proteína do Leite de Vaca é uma reação do sistema imunológico à qualquer quantidade das proteínas do leite. Essa alergia pode apresentar sintomas cutâneos, gastrointestinais, orais, cardiovasculares, respiratórios, neurológicos e sistêmicos. Sendo assim, ingerir qualquer quantidade dessas proteínas pode desencadear os sintomas. Por isso, quem tem APLV precisa seguir uma dieta completamente isenta de leite, derivados e demais alimentos preparados com esses ingredientes.
Já a intolerância à lactose ocorre pela ausência ou diminuição de lactase, uma enzima que é responsável pela digestão da lactose. Essa intolerância não é comum em crianças, sendo mais vista entre adultos e idosos. Os sintomas consistem em diarréias, flatulências, cólicas e distensão abdominal. Não há sintomas cutâneos ou respiratórios.
Quais são os sintomas da APLV?
Os sintomas da APLV podem aparecer de imediato ou de forma tardia. Por isso, é importante estar sempre atento à alimentação e reações do bebê e criança. Confira abaixo uma lista dos sintomas comuns da APLV:
- Cutâneos: urticárias, vermelhidão e coceira na pele.
- Gastrointestinais: vômitos, náuseas, diarreia, dor abdominal, refluxo e sangue nas fezes.
- Orais: Inchaço no lábio ou língua, coceira ao redor do lábio e palato.
- Respiratórios: Crises de espirro, tosse seca, congestão nasal intensa, coceira e sensação de fechamento da garganta, inchaço na glote e laringe e sensação de aperto na região do tórax.
- Cardiovasculares: Arritmia, dor torácica e hipotensão (pressão baixa).
- Neurológicos: Convulsões, sonolência e perda de consciência.
- Sistêmicos: choque anafilático.
Como é feito o diagnóstico?
A primeira coisa a ser feita é se atentar aos sintomas da doença. Isso porque não existe um único exame que possa diagnosticar ou descartar a APLV. O diagnóstico é feito através de exames e acompanhamento da reação da criança à dieta com zero leite e derivados.
No acompanhamento médico podem ser feitos alguns exames de sangue e testes de pele. Mesmo que os exames apresentem resultados negativos, a hipótese de APLV não é descartada, visto que, em alguns casos, as alergias não se apresentam nesses testes. Por isso é importante seguir corretamente as instruções médicas, que podem envolver a dieta com corte total do leite e seus derivados e em um certo ponto, a estimulação com leite para identificar se houve mudança na reação ou não.
Qual é o tratamento da APLV?
O principal tratamento comprovadamente eficaz da APLV é a dieta com zero leite e derivados por cerca de 6 a 12 meses. No entanto, caso a dieta não seja cumprida à risca, a criança pode postergar com a alergia por muito mais tempo do que o comum.
Há um outro tratamento em estudo: o de dessensibilização. Mas ele é indicado apenas para crianças com reações mediadas e há poucos poucos médicos qualificados para realizar esse procedimento.
Alguns alimentos como bolos, biscoitos, vitaminas, pudins, iogurtes, manteigas e margarinas, pizzas e algumas sobremesas estão totalmente fora da dieta da criança. Em casos onde a criança ou bebê se alimenta parcial ou exclusivamente do leite materno, a mãe precisa seguir essa dieta também. A proteína do leite de vaca pode passar para o bebê e criança através da amamentação e com isso desencadear crises alérgicas.
Outro ponto importante é que alguns utensílios domésticos precisam ser separados, para que não haja contaminação com a proteína do leite. Esponjas de lavar louças, ou potes de plástico precisam ser separados para quem está na dieta, isso porque esses utensílios possuem maior chance de absorção. Vidros e metais podem ser apenas bem higienizados para uso comum.