Todo mundo sofre de algum tipo de estresse. Mas por que? Veja a resposta, entenda mais sobre o estresse e descubra se você está estressado.
Todo mundo sofre de algum tipo de estresse. É essa a reação do corpo quando surgem perigos iminentes ou choques emocionais, e quando a vida profissional, doméstica ou familiar nos sobrecarrega.
Leia também: Conheça os 2 tipos de estresse mais comuns e suas causas
No entanto, o problema não são as pressões e os riscos da vida. O efeito debilitante do estresse sobre o corpo e o bem-estar emocional depende, em grande parte, de como reagimos aos problemas – e, na maioria das vezes, podemos aprender a controlar essa reação. Mas, quem se expõe a estresse excessivo ou descontrolado durante muito tempo, pode sofrer danos físicos e sobrecarga mental.
Pressões do dia a dia
No engarrafamento, ficamos ansiosos porque vamos nos atrasar e a hora está passando. Em casa, a máquina de lavar enguiça, a pilha de contas a pagar só aumenta e o cachorro do vizinho late a noite inteira, mas você não quer entrar em um confronto que possa provocar rancor e mágoas. E você sabe que não está em boa forma física, mas, como se não bastasse, parece que não há tempo para se exercitar.
Quando deixamos que situações como essas – os chamados estressores – se acumulem na vida cotidiana, achamos que não vamos aguentar. Até eventos positivos, como um casamento ou a constituição de uma família, podem nos estressar.
O que é o estresse?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define estresse como uma “reação que se pode ter diante de exigências e pressões acima do conhecimento e da capacidade do indivíduo e que põem à prova sua habilidade de lidar com elas”. Pode ser um perigo iminente, um fato inesperado ou o peso de uma situação que se arrasta e não termina.
Algumas pessoas estressadas se sentem sugadas em todas as direções, esmagadas, comprimidas, sobrecarregadas, prestes a explodir ou a pifar a qualquer momento. Quem se sente estressado está se forçando (ou sendo forçado) além do que é capaz de suportar.
O estresse é subjetivo
O efeito da mesma experiência estressante varia de acordo com cada pessoa. É por isso que tentar se concentrar em um escritório barulhento provoca dor de cabeça em alguns, enquanto outros nem ligam. O modo como nos sentimos e processamos os sentimentos depende de vários fatores: personalidade, hormônios e até se estamos em um dia bom.
Às vezes, a mesma situação pode provocar estresse em um dia e não em outro. Imagine que você esteja correndo para pegar um ônibus. Se ele for o único que pode levá-lo a um compromisso com hora marcada, é provável que você se sinta nervoso no trânsito parado, com medo de se atrasar. Mas, se não houver hora marcada e existirem outras opções de transporte, talvez você se sinta muito mais tranquilo.
Reação física
Embora os eventos que provocam o estresse sejam subjetivos, a maneira como o seu corpo reage a eles segue um padrão estabelecido. Sob estresse, o organismo libera hormônios que comandam essa reação física e instintiva, chamada de resposta ao estresse: o corpo recebe força, rapidez e energia extras para se proteger dos perigos.
O estresse é coisa dos dias de hoje?
Leia também: Como o estresse pode afetar a dor
Não. O estresse é a reação a uma situação difícil e nos acompanha há milhões de anos. Mesmo assim, é muito difícil defini-lo.
Na verdade, essa reação só ganhou nome na década de 1930, quando o endocrinologista húngaro Hans Selye (1907-1982) tomou emprestada da Física a palavra stress, que significa “pressão externa sobre um objeto maleável que produz tensão ou distorção”, e a usou em um contexto biológico. É claro que hoje enfrentamos exigências muitíssimo diferentes de nossos ancestrais pré-históricos.
Você está estressado?
Embora um pouco de estresse seja necessário para atingir metas, é importante reconhecer quanta pressão você aguenta a cada momento. Se pequenas mudanças ou exigências o deixam arrasado ou ansioso, talvez você esteja lidando com excesso de mudanças ou pressões. Verifique quais sinais e sintomas se aplicam.
- Falta de sono (dificuldade de adormecer ou acordar de madrugada)
- Irritabilidade
- Dificuldade de fazer escolhas
- Sentir-se sempre com pressa
- Sentir-se cansado e sem energia constantemente
- Resistir a mudanças
- Sentir-se ameaçado pelas exigências do dia a dia e dos outros
- Perder a perspectiva (incapacidade de distinguir o essencial do não essencial)
- Sentir-se indispensável/trabalhar à exaustão
- Perder o senso de humor
- Transtornos digestivos (indigestão, perda do apetite)
- Problemas estomacais (enjoo ou nó no estômago)
- Taquicardia ou palpitações
- Calafrios ou suor excessivo
- Boca e garganta secas
- Dor de cabeça
- Visitas frequentes ao banheiro, prisão de ventre
- Redução da resistência a doenças (resfriados, tosse e infecções pulmonares constantes)
- Dor muscular
- Esquecimento, lapsos de memória
- Beber mais do que de costume/precisar beber para relaxar
- Fumar mais do que de costume
- Comer demais ou de menos
- Ingerir cafeína para continuar trabalhando
- Vontade de chorar à toa
- Sentir-se incapaz de resolver problemas que eram fáceis
- Perda de interesse pelos outros
Se marcou mais de cinco itens, talvez você esteja com um estresse excessivo. Esses sintomas indicam que é necessário reavaliar o que produz mais estresse na sua vida. Confira aqui 13 dicas para combater o estresse excessivo.