Com a proximidade da Páscoa, é normal que haja um aumento do chocolate circulando dentro de casa. No entanto, é preciso ter atenção para que os seus pets
Com a proximidade da Páscoa, é normal que haja um aumento do chocolate circulando dentro de casa. No entanto, é preciso ter atenção para que os seus pets não ingiram o doce, uma vez que isso pode trazer sérias consequências para a saúde deles, podendo levar, inclusive, à morte. E isso porque embora seja inofensivo para os seres humanos, um pedaço de chocolate já pode ser suficiente para intoxicar o seu animal.
De acordo com a veterinária, Farah de Andrade, que atende na rede DrogaVET, no chocolate há substâncias tóxicas para o organismo dos animais de estimação, principailmente as metilxantinas, que são substâncias estimulantes presentes nas teobrominas e cafeína dos chocolates.
“Elas causam intoxicação tanto em cães quanto em gatos, de qualquer idade, sexo ou raça e, mesmo diante do consumo de pouca quantidade, os organismos dos pets não as metabolizam”, alerta a profissional, reforçando que, por este motivo, os tutores devem ter atenção redobrada quando estiverem consumindo o doce.
Sintomas de intoxicação por chocolate
As substâncias do chocolate podem ficar por até seis dias no organismo do seu pet. E, quando intoxicados, eles podem apresentar os seguintes sintomas:
- Vômitos;
- Diarreia;
- Excitação;
- Tremores;
- Taquicardia;
- Febre;
- Aumento da ingestão de água e volume urinário.
“A substância contida no chocolate gera o aumento do estímulo cerebral e da atividade cardíaca, podendo acarretar arritmias. Porém, os sintomas dependerão da porcentagem de cacau contida no chocolate e da quantidade ingerida. Eles geralmente iniciam de forma leve e vão intensificando no decorrer do tempo de exposição, podendo causar pancreatite, convulsões, comprometimento neurológico e até levar à morte em decorrência das alterações cardíacas, insuficiência respiratória e hipertermia”, ressalta a veterinária.
O que fazer se o seu pet comer chocolate?
Caso o cão ou gato tenha ingerido chocolate, Farah explica que a primeira coisa a ser feita é procurar orientação veterinária.
“E, caso o tutor saiba, é recomendado informar ao profissional a quantidade e o tipo de chocolate ingerido, para que possam ser definidos os protocolos para o tratamento”, detalha a veterinária.
O tratamento é baseado em cada caso, de acordo com os sintomas apresentados pelo animal.
“Geralmente, eles precisam passar por uma lavagem gástrica para reduzir a exposição e absorção das substâncias e receber medicações para proteção gástrica e hepática. Se o cão comeu uma grande quantidade de chocolate, em um período recente, é provável que o médico veterinário o induza ao vômito. Mas tudo vai depender do quadro do animal no momento do atendimento”, explica a profissional.
Na maioria das vezes o animal precisa tomar medicações para o fígado e estômago por algum tempo e, nesses casos, é possível manipular em formas farmacêuticas e sabores de preferência do pet para facilitar o tratamento.
Outro alerta dado pela veterinária é que não se deve fornecer leite de vaca para cães e gatos.
“Eles são mamíferos, entretanto existem diferenças nas composições do leite de vaca para o das cadelas e gatas. Cada sistema digestório é adaptado para consumir seu leite correspondente e, uma vez que são desmamados, o organismo dos pets passa a produzir pequenas quantidades da lactase, sendo insuficiente para quebrar toda a quantidade de lactose presente no leite de vaca”, comenta Farah, informando adicionalmente que ele traz malefícios, como: gases, diarreia, desnutrição e também podem levar a óbito.
Alternativas seguras ao chocolate
Caso o seu amiguinho de quatro patas esteja te olhando com cara de pidão, uma boa alternativa é oferecer petiscos próprios para eles — aqui neste post, elaboramos algumas opções de biscoitos saudáveis. Além disso, se você quiser ainda mais praticidade, pode optar por um petisco industrializado. Atualmente já existem diversos produtos no mercado.
Para agraciar os pets na Páscoa, uma opção saudável e segura oferecida pela DrogaVET é a manipulação de biscoitos, pastas ou caldas medicamentosos (como placebo, sem medicamento na fórmula), no sabor de chocolate, por exemplo. Desse modo, você pode curtir o seu chocolate e o seu cachorro também pode curtir o dele.
“Mas o tutor deve levar em consideração o tipo de dieta do animal e a orientação do médico veterinário, evitando excessos”, orienta Farah.