Veterinária compartilha as melhores dicas de cuidados com os pets no inverno, uma vez que algumas doenças são comuns nessa época. Confira!
Julia Monsores | 2 de Junho de 2021 às 13:29
Você sabia que seus pets também estão sujeitos às alterações climáticas das estações do ano? Tanto a gripe canina quanto a rinotraqueíte felina estão entre as enfermidades mais comuns no inverno, que é a estação mais fria do ano e que começará oficialmente no dia 21 de junho.
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Nesse período, não são só os humanos que ficam mais sensíveis com a queda da temperatura. Os pets também sentem a mudança climática e podem vir a adoecer se alguns cuidados não foram tomados.
Para auxiliar os tutores, a veterinária Alessandra Farias, da DrogaVET, maior rede de farmácia de manipulação veterinária do País, orienta sobre as medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento ideal para as doenças de inverno.
Segundo a veterinária, tosse, secreção nasal, olhos lacrimejantes e falta de apetite são alguns dos sintomas de doenças que podem atingir cães e gatos no inverno, inclusive os que passam a maior parte do tempo dentro de casa.
“Mesmo tendo a temperatura corporal mais elevada que a nossa, em torno de 38,5°C até 39,5°C, a pelagem dos pets não é suficiente para mantê-los aquecidos durante esse período. É mito achar que os pets não sentem frio, sejam eles filhotes, cães idosos ou cães com pelagem longa ou curta. E vale frisar que, em geral, todos os pets sentem frio da mesma forma, cães ou gatos”, detalha a especialista.
De acordo com a médica veterinária, uma das principais doenças que acomete os cães no inverno é a gripe canina, mais conhecida com a “tosse dos canis”.
Os sintomas da gripe canina costumam ser:
“É necessário observá-los logo no início, já que a gripe nos cães se assemelha muito a engasgos. Em alguns casos quando a tosse é muito forte podem ocorrer até vômitos com aspecto de espuma, pois os pacientes podem entrar em crises de tosse devido à piora do quadro”, detalha Alessandra.
Com os gatos os cuidados devem ser os mesmos. Segundo a veterinária, mesmo parecendo mais resistentes que os cães, o inverno também potencializa a propagação de algumas doenças, como a Rinotraqueíte Felina, causada por um vírus altamente contagioso entre as espécies felinas.
Entre os principais sintomas da Rinotraqueíte Felina estão:
“Há maior incidência de casos em locais com grande quantidade de gatos e, geralmente, ocorre nos dias mais frios”, acrescenta.
Além das doenças já citadas, a veterinária elenca outras enfermidades comuns no período do inverno.
“Segundo os estudos do Coronavírus Canino, de 2015, publicado na Revista Cientifica Eletrônica de Ciências Aplicadas da Faculdade de Ciências Sociais e Agrarias de Itapeva – SP (FAIT) e do Diagnóstico e Controle da Cinomose Canina, de 2013, da Publicações em Medicina Veterinária e Zootecni (PUVET)*, tanto o Coronavírus Entérico Canino quanto a Cinomose ocorrem mais no inverno”, explica.
No primeiro caso, os sintomas são:
“Vale lembrar que esse coronavírus não é o mesmo que causa a Covid-19 em humanos”, acrescenta a veterinária.
No segundo, da cinomose, os sintomas são:
“Essas doenças podem, inclusive, ser prevenidas com as respectivas vacinas, sendo de suma importância estar em dia com o calendário de vacinação”, observa Alessandra.
Como qualquer outra época do ano, o inverno traz doenças típicas de sua temperatura. De acordo com a veterinária, a melhor forma de tratamento é a prevenção.
“Assim como para nós, humanos, os cuidados são: manter os pets hidratados, com uma alimentação balanceada e utilizar vitaminas para manter a imunidade alta”, recomenda.
Já para os pets acometidos por essas doenças, o tratamento recomendado, em geral, é aliar antibióticos com terapia para controlar as infecções secundárias.
“Na DrogaVET, por exemplo, conseguimos associar as fórmulas das vitaminas e de nutracêuticos aos medicamentos recomendados pelos veterinários dos pets, auxiliando na recuperação do animal”, explica a especialista.
A veterinária complementa dizendo que o importante é manter atualizado o calendário de vacinação, com checagem anual.
“Dessa forma os animais estarão sempre protegidos”, alerta Alessandra, informando, adicionalmente, que o banho e a tosa no inverno também estão liberados, mas com cautela na frequência. Segundo a especialista, o excesso retira a proteção natural dos pelos e da própria pele contra o clima e uma das opções é intercalá-los com os banhos secos.
A parte da hidratação da pele dos seus pets também é importante.
“Há hidratante para evitar o ressecamento da pele dos coxins, sendo recomendado hidratá-los independente da época do ano, ajudando a prevenir possíveis fissuras na pele; e há produtos para hidratação da pelagem e os próprios nutracêuticos, ideais para promover a saúde da pele e dos pelos”, recomenda a profissional.
Outros cuidados destacados pela veterinária são para os cães que dormem na parte externa da casa.
“O ideal é utilizar casinhas adequadas com camas. Além de disponibilizar cobertas, mantas ou até vestir os pets com roupas próprias para protegê-los do frio. Lembrando que as roupinhas devem ser trocadas regularmente, não só para a higiene, mas também para pentear a pelagem ou quando estiverem úmidas. Deve-se verificar também, em todos os tipos de pets, o peso do animal. E isso porque, durante o inverno, eles tendem a perder calor do corpo. E assim, consequentemente, o peso”, alerta a profissional.
Para finalizar, Alessandra destaca que, nos animais com artrose, a situação tende a piorar nos dias mais gelados e úmidos e, nos animais idosos, o recomendado é fazer suplementação com Ômega 3, Colágeno do tipo 2 para as articulações, Condroitina e Glucosamina para manter as articulações saudáveis, e ter atenção especial a eles e aos filhotes, mantendo-os sempre aquecidos.
“Tomando todos esses cuidados e mantendo as vacinas do cão ou do gato em dia, essa estação pode ser tranquila, sem afetar a saúde dos pets no inverno”, finaliza a veterinária.
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