Manter o corpo em movimento é fundamental para manter a saúde em dia e prevenir doenças crônicas não transmissíveis.
André Messias | 8 de Dezembro de 2022 às 13:00
Algo me preocupa muito na sociedade contemporânea: as pessoas se movimentam cada vez menos. Até mesmo algumas pessoas que são fisicamente ativas têm se movimentado menos no dia a dia. É muito comum eu ouvir de pessoas que encontro na academia que, após os exercícios, elas irão para o trabalho e poderão passar o restante do dia sentado diante de uma tela ou mesa. Isso pode afetar bastante a saúde. Sendo assim, a coluna de hoje tem como propósito resgatar a importância de uma ação cada vez menos praticada: o movimento.
Quando olhamos ao nosso redor, percebemos que estamos rodeados de coisas que contribuem para que nos movimentemos cada vez menos; o controle remoto, aplicativos para tudo no celular, vidro elétrico no carro e elevadores são apenas alguns exemplos.
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Muitas pessoas não perceberam, mas o avanço da tecnologia trouxe malefícios para o ser humano, fazendo com que, citando mais um exemplo, as pessoas conversem cada vez menos. Não é raro de ver, ao entrar no metrô, quase que a totalidade das pessoas olhando fixamente para uma tela.
Com o celular se transformando praticamente num “faz tudo’’, as pessoas deixaram de ir aos bancos, supermercados, cozinhar e se deslocam menos para pegar um transporte público. Carros de aplicativos, por exemplo, chegam exatamente no ponto em que a pessoa está gerando um menor número de passos – indicador mundialmente usado como um marcador de nível de atividade física.
Claro que o avanço da tecnologia trouxe coisas boas e positivas. Todavia é impossível negar o quanto isso impactou no movimento das pessoas. Para que haja promoção da saúde e consequentemente prevenção de doenças crônicas não transmissíveis – que por sinal representam a principal causa de morte no mundo –, é essencial que toda e qualquer pessoa siga as recomendações da Organização Mundial da Saúde para a prática de atividade física e tente se movimentar o máximo possível. Afinal, vale lembrar que o comportamento sedentário representa um fator de risco para muitos problemas de saúde.
Tentar usar mais as escadas, o transporte público, passear com o animal doméstico, regar plantas, levantar para trocar de canal na televisão, lavar louças, cozinhar são alguns exemplos de ações simples que geram movimento.
O movimento sempre foi a base da vida. Tudo é movimento. Movimento é saúde. Deixe algumas facilidades de lado. Muitas coisas ficaram mais fáceis, mas é preciso todo cuidado para a saúde não ser comprometida.
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