Aulas coletivas podem ser uma forma interessante de manter o estímulo para continuar praticando atividade física.
Redação | 5 de Maio de 2022 às 14:00
Certo dia, encontrei com Jorge, um amigo de infância, na praia. Não nos víamos há muitos anos e o convidei para darmos uma caminhada na areia e colocarmos os assuntos em dia. Em menos de dois minutos ele ficou ofegante e disse que precisava sentar para respirar. Fiquei assustado, pois temos a mesma idade e não havíamos caminhado quase nada.
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Jorge me disse que estava hipertenso e que seus exames não estavam legais. Ele estava bem acima do peso e seu condicionamento físico estava deplorável. Sentamos, pedimos uma água de coco e tivemos uma conversa sobre sua saúde.
Jorge trabalha num banco e fica quase o tempo todo sentado. Ele contou que já tentou entrar na academia várias vezes e que nunca conseguiu ir mais do que dois dias consecutivos. Ele me disse que não gostava, que não se sentia bem e se sentia sozinho nos aparelhos de musculação e na esteira.
Perguntei ao meu velho amigo se seria possível fazer aulas coletivas e para minha sorte ele me disse que no horário que ele pode ir à academia, sempre tem alguma aula coletiva. Sendo assim, sugeri a Jorge experimentar alguma aula coletiva (spinning, treinamento funcional, alguma luta, dentre outras) e ele me prometera que iria tentar. Ficamos de nos reencontrar em dois meses.
Chegado o dia do reencontro, me surpreendi com Jorge: ele estava bem melhor. Era notório que ele estava se dedicando aos treinos. Jorge me contou que estava fazendo aula de boxe três dias na semana e de spinning em outros dois dias. Seu condicionamento físico estava melhorando bastante.
Ele estava feliz por ter feito algumas amizades nas aulas e inclusive havia conhecido uma moça bem legal e acreditava que dali poderia surgir um namoro. Jorge me agradeceu e falou que as aulas coletivas são ótimas, pois as pessoas se motivam, batem papo e criam relacionamentos para além da academia.
Para terminar a conversa com chave de ouro, Jorge me disse que sua pressão arterial estava melhorando e que ele estava com esperança de parar com o medicamento.
Fiquei feliz com a mudança de Jorge e me recordei das inúmeras opções de tipos de atividade física que existem. Numa academia, por exemplo, há muitas opções e é preciso que a pessoa analise as possibilidades e as aulas coletivas podem ser um caminho para a inatividade física ficar para trás.
Muitas pessoas não gostam de academia, porém não feche as portas para um local que pode mudar (e muito) sua vida para melhor. Peça o quadro de aulas e horários, experimente algo diferente e esteja aberto para mudanças. Há mudanças que literalmente mudam nossas vidas.