Na ceia de Natal deste ano, surgiu uma dúvida que ouço com frequência na academia: afinal, qual é o melhor tipo de atividade física?
André Messias | 31 de Dezembro de 2020 às 10:00
“André, o que você acha se eu começar a correr? E se eu fizer aula de dança? Qual atividade física é melhor: musculação ou natação?”
Na ceia de Natal deste ano com a família, surgiu uma dúvida que eu ouço com frequência dos alunos na academia: afinal, qual é o melhor tipo de atividade física? Musculação, corrida, ciclismo, ginástica localizada, natação… Qual você deve praticar?
Essa é dúvida de muitas pessoas, que constantemente me questionam o que devem fazer. As respostas para essas perguntas dependem de muitos fatores, como por exemplo, histórico da pessoa, seus objetivos, sua disponibilidade e suas preferências.
Em geral, não há um tipo de atividade física que seja melhor do que outro. Cada modalidade tem seus benefícios e muitas das vezes as atividades são complementares.
Por exemplo, a corrida vai gerar uma melhora no condicionamento aeróbio (que é fundamental para a saúde cardiovascular), enquanto que a musculação vai fortalecer os músculos, combatendo a sarcopenia (perna de massa muscular que ocorre com o passar do tempo) e prevenindo problemas de coluna, quedas, dentre outros.
O mesmo se aplica quando pensamos em doenças crônicas: um tipo de atividade física será melhor para quem, por exemplo, é hipertenso, enquanto outra modalidade será mais adequada para um diabético.
É necessário analisar caso a caso, mas na maioria das vezes é preciso que haja uma combinação de tipos de atividade física.
Costumo dizer que o melhor tipo de atividade física é aquele que a pessoa possa/consiga/queira fazer regularmente (a frequência é um dos pilares para que ocorram os benefícios da atividade física).
De nada adianta a pessoa saber que a natação é uma ótima modalidade se ela não tem possibilidades e/ou não gosta de nadar.
É preciso que cada pessoa encontre a sua atividade física: a que lhe proporcione prazer, bem-estar, seja prática, que ela possa fazer com regularidade e que contemple seus objetivos.
Vale lembrar que a recomendação é que cada pessoa realize 150 a 300 minutos por semana de exercícios em intensidade moderada ou 75 a 150 minutos em intensidade vigorosa ou ainda uma combinação de ambos.
É cientificamente comprovado que a prática regular de atividade física proporciona inúmeros benefícios à saúde e previne muitas doenças, tais como:
E, em tempos de pandemia, destaca-se o importante papel dos exercícios no sistema imunológico.
É preciso que cada pessoa experimente diversos tipos de exercícios para que analise com qual se identificou e possa ingressar num programa.
É necessário analisar todos os fatores (disponibilidade de tempo, custos, logística, etc) para que a pessoa não comece e pare pouco tempo depois em virtude de razão “A” ou “B”.
Os benefícios dos exercícios precisam de dedicação, frequência e continuidade. Há muitos tipos de atividade física. Procure com calma, ouvindo seu corpo e certamente você encontrará a sua. Caminhar, correr, pedalar, malhar, nadar, dançar… Opções não faltam.