Jennifer Barlow, engenheira e veterana do Exército norte-americano, usou seu perfil com mais de 60 mil seguidores no Instagram para contar sobre a luta que travou contra uma bactéria carnívora no início deste ano.
De acordo com seu relato, ela precisou ter a perna direita amputada após ser infectada pela bactéria no mar das Bahamas. Segundo o relato da engenheira, a porta de entrada para a infecção foi um corte na perna.
Jennifer conta que ao voltar para casa teve um mal-estar que a deixou acamada por quatro dias. Porém, além do cansaço tradicional ao voltar de viagem, ela percebeu que seu joelho estava inchado e vermelho.
O problema foi piorando ao longo dos dias. “Estava tão inchado que tinha pelo menos três vezes o tamanho do meu joelho esquerdo. Foi realmente assustador. Eu estava com uma dor terrível”, lembra a engenheira, em entrevista ao portal Today.
A engenheira precisou ir a dois hospitais até ser diagnosticada com o choque séptico. O quadro é uma evolução da infecção generalizada — nesse momento, há queda brusca da pressão arterial e baixo fluxo sanguíneo para órgãos vitais, como rins, pulmões e cérebro.
A infecção bacteriana contraída por Barlow é rara e grave. Ela pode resultar em uma fascite necrosante, causada, em geral, pelos estreptococos do grupo A. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano, o uso de antibióticos no início da infecção é fundamental, já que ela se espalha pelo corpo com rapidez, deixando a pele vermelha, inchada e quente.
No entanto, após três meses, mais de 30 cirurgias e muitos remédios, a infecção continuava a se espalhar pelo corpo de Jennifer. Por isso, a decisão dos médicos foi de amputar a perna, em março deste ano, para evitar que infecção avançasse mais ainda.
Dois meses depois, Jennifer recebeu alta e está em casa desde maio. Além de divulgar a história, a veterana também publicou uma vaquinha virtual, feita para pagar os custos médicos e conseguir comprar uma prótese.
Quero compartilhar minha história sobre minhas experiências de quase morte ao longo da estrada. Como tem sido reaprender a ser humano e a solidão de viver em um hospital por quase 5 meses", escreveu.