Em meio ao tédio de uma pandemia, baixei The Sims 4 e selecionei 5 lições que poderíamos aplicar em nossas vidas que nos tornariam muito mais felizes.
Marina Estevão | 13 de Junho de 2020 às 10:00
Baixei o The Sims 4.
E daí que eu tenho 27 anos?
Não baixei porque sou viciada.
E sim porque o tédio da quarentena me fez fazê-lo.
Mas estou me divertindo a beça.
Pois é, pode ser enlouquecedor também.
Você pode fazer pessoas irritantes ou amáveis, de pele verde ou azul, com dentes separados ou de aparelho.
Além disso, você pode decidir se será um expert em assaltos ou um astronauta conceituado.
Durante o jogo, sua casa pode pegar fogo ou ser assaltada, inclusive.
Você pode casar, ter filhos, separar, casar novamente, trair ou ser traído.
Além disso, pode criar uma família inteira. Adultos homossexuais com filhos verdes?
Por que não?!
Seu “Sim” pode ser gordo ou magro. Se quiser emagrecer, pode ir à academia. Se quiser engordar, basta comer mais do que o seu corpo necessita.
Eu ouvi um “amém” dos nutricionistas?!
Bem, acho que você entendeu.
Às vezes, eu queria morar no jogo.
E em alguns momentos eu acho que vivo naquele mundo mesmo, porque esqueço a chatice que é estar carente em meio a uma pandemia.
O jogo me fez perceber que vários comandos estão mais fáceis do que as versões anteriores, o que faz tudo ficar, ao mesmo tempo, um pouco sem graça.
Antigamente, eu tinha que lutar para dar um abraço em outro personagem que não fosse criação minha ou não tivesse algum vínculo com o meu personagem.
Porém, notei que vários desses comandos seriam interessantes se pudéssemos aplicá-los na vida real.
Assim, na lata.
– Você é solteiro?
PÁ!
Isso nos tornaria pessoas com menos expectativas em relação a possíveis relacionamentos.
No jogo, você também pode mandar alguém embora da sua casa sem ser uma experiência embaraçosa.
Essa, definitivamente, eu gostaria de aplicar.
Imagina você pedir para alguém ir embora e a pessoa simplesmente agradecer pelo tempo e dizer que precisava mesmo ir?!
Que vida maravilhosa!
A coisa mais fácil no jogo é arrumar um emprego. Na primeira ligação ou navegação na internet, você arruma um trabalho justamente de acordo com a sua aspiração.
Se fizéssemos isso na vida real, seriamos muito mais felizes.
Aliás, com tudo do jogo.
Se você for transar – ou fazer um “oba oba”, como eles chamam –, pode escolher se quer tentar ter filhos ou não.
Imagino que eles devem aplicar uma camisinha imaginária na narrativa.
Na vida real, as pessoas não gostam de camisinha.
Eu sugiro um pequeno questionário antes de cada relação.
Porém, definitivamente, o poder do jogo em ganhar dinheiro facilmente é a tara da nossa geração.
Basta abrir uma pequena caixa apertando uma sequência no teclado e digitar “motherlode”.
Não tem nada a ver com mãe, porque existem mães que não são tão generosas.
Como uma pluma, caem 50 mil simoleons na sua conta.
Então, você pode construir ou comprar a casa dos sonhos.
Nem precisa trabalhar, se não quiser.
Pode apenas cuidar das plantas.
Colecionar itens.
Nadar na piscina.
E se o seu personagem quiser fazer algo que você, como Deus, não quiser, basta cancelar a ação.
Estou certa de que quando abro a geladeira pra pensar, é o Criador cancelando a tarefa de comer.
E me mandando ir à academia.