Ser iniciante é muito gostoso. Começar um novo hobbie, um novo emprego, um novo namoro. A beleza está no processo, e não no final.
Esses dias me peguei pensando o quanto eu gosto de ser iniciante.
Sério.
As pessoas menosprezam a magia por trás de iniciar algo na vida.
Eu amo ser iniciante na dança, por exemplo.
Tenho zero competitividade.
Acho lindo ver minhas amigas dando duplo twist carpado e aterrissando igual a uma pomba da paz.
E eu dura igual uma pedra pomes.
Eu gosto desse processo de ver a evolução tão nítida em algumas coisas e mais lenta em outras.
É gostoso ser iniciante na vida.
Iniciar um namoro não é uma delícia?
Aquele frio na barriga, vontade de estar com a pessoa o tempo todo, dia, noite e madrugada.
Se desse pra entrar dentro dela, entraríamos.
Nesse momento, queremos ser iniciantes da pessoa.
Até mesmo quando não se tem ideia do que fazer, o outro ensina.
E é gostoso saber o que o outro gosta.
Ou o motivo que seus olhos brilham ao olhar pro mar.
Descobrir, ser aberto e também ensinar.
Iniciar um novo emprego é magnífico.
E você não precisa ser estagiário para ser iniciante.
Um sócio também está aprendendo a ser sócio.
O mal das pessoas está em querer ser um expert em tudo logo cedo.
E sem aproveitar o processo.
Desculpe, mas expert só o Cortella e olhe lá.
E o Jô Soares.
Eu recomendo ser iniciante em tudo.
Menos em ser agiota e confeiteiro.
A pior coisa é fazer um bolo que dá errado.