Ninguém está preparado para o amor (ou amar), mas ele acontece. Não existe curso ou faculdade. Mas ele sempre está à espreita!
Marina Estevão | 22 de Maio de 2021 às 10:00
Dizem que o amor acontece.
Claro, e obviamente ninguém nunca está preparado para ele.
Não existe faculdade presencial ou EaD.
Certificado ou hora complementar.
Curso do Érico Rocha.
Do Papa.
Música do Fábio Jr.
Quando você vê, as borboletas já moram no estômago.
E batem asas com força.
Moram também na cabeça.
E nas partes íntimas fazem a festa.
E isso dá medo, eu entendo.
Dá medo porque em vez de pensar na cotação do dólar, a gente pensa sobre aquele gesto do dedinho do pé que ela faz quando tá nervosa.
E pouco a pouco, a gente vai perdendo a consciência e o corpo todo vai sendo tomado, como uma infecção generalizada.
Quando vemos, o corpo todo está tomado por aquela sensação dormente.
Diagnóstico: sensibilidade aguda na pele e nos órgãos… Por amor.
Sempre é tempo de amar.
Mas eu entendo que as pessoas não estejam prontas.
É preciso querer ver o outro feliz mesmo se você não for a causa.
Nem a consequência.
Para amar, é preciso olhar para os lados.
Mas não desse jeito horrível que você olha para os retrovisores.
Olhar com calma e sensibilidade.
Mas sei que todos têm medo.
Dá medo de se jogar de do abismo, né?
E no caso do amor, não é nem de bungee jump.
É de cara, de cabeça.
Diagnóstico: traumatismo craniano de amor.
Pode ter alguém lá pra te segurar.
Pode não ter.
Mas é sobre arriscar, não sobre o fim.
E até quem vive na gandaia, sai beijando 17 bocas por noite… Cuidado.
O amor está à espreita.
Ele nunca dorme, entenda.
Não adianta não estar preparado.
Quando atinge, é morte certa.
Diagnóstico: Morte iminente por amor contundente.
Brincar de médico é legal.
Falando de amor, melhor ainda.
Doa a quem doer, em mim já doeu e sangrou muito.
Mas sempre dou um jeito de me curar e partir pra próxima.
As borboletas renascem das cinzas, como fênix (ou Andressa Urach?).
Diagnóstico: resiliência por amor.
Próprio.