Hércules e o século 21

Outro dia estava vendo um programa sobre os 12 trabalhos de Hércules.

Era um dia desses que no meio de tantos programas ruins, você encontra um que interessa.

Assim como encontrar um bombom Caribe no meio de tantos Serenatas de Amor.

E o programa detalhava os doze trabalhos de Hércules,

Falava da sua relação com seu pai e a mulher dele, que não gostava nem um pouco do enteado.

A gente pensa que essas desavenças entre enteados e madrastas vem dos contos de fada, mas lá na Mitologia Grega já tava rolando brabo.

Ciúme, inveja, traição…

O mundo foi criado por Manoel Carlos, galera.

Hércules parece o tipo de homem que adora aparecer com músculos e abdômen definido, mas bate uma dorzinha de cabeça e ele já corre pra tomar uma Neosa.

E os seus 12 trabalhos me pareceram beeeeeem tranquilinhos!

O homem tinha umas flechas com veneno na ponta, ou seja, ele matou todas as criaturas dessa forma.

Matou serpente de 100 cabeças só na flechada,

Depois matou um cachorro gigante de 3 cabeças com as mesmas flechinhas…

Sangue mesmo, derramado, cenário se guerra, destruição… Cadê?

Mas o pior não é isso.

É que no fim dos doze trabalhos, uma das versões da história é que Hércules vai e…

SE MATA.

SE

MA

TA.

Exatamente.

Ele lutou tanto pra, no final, se matar e ficar de boa com o papai Zeus e a madrasta, Hera.

Achei essa história bem fuleira, queria ver se fosse no século 21.

Quais seriam os trabalhos de Hércules?

Declarar Imposto de Renda,

Ir pra Zona Oeste às 18h de uma sexta-feira dirigindo um Fusca,

Jogar The Sims sem fazer código de ganhar dinheiro,

Explicar o que é taxa SELIC,

Saber o que é cringe,

Tomar banho frio no inverno e,

Claro,

A mais difícil de todas:

Saber o nome do órgão que, exclusivamente, dá prazer às mulheres.

Óbvio que ele pediria pra sair antes disso.

Coitada da Meg.