Você tropeçou, caiu na rua e... Conheceu o amor da sua vida! Afinal, a vida é mesmo ruim ou a gente que olha torto pra ela?
Às vezes a vida é ruim
Outras, o trocador do metrô te dá um desconto na passagem
Às vezes a vida é entediante
Outras, você vê um mendigo cantando na rua
Rodeado de pessoas
Que não são mendigas
Às vezes você se sente desanimada
E então, uma noite, o cara que você gosta diz que você está linda
E “Isso não quer dizer que você não seja linda”
Às vezes você se sente sozinha
E aquela amiga que mora fora te manda uma mensagem
Às vezes a vida te dá limões, como dizem
E você não sabe o que fazer com eles
E tudo bem
Na pior (ou melhor) das hipóteses, faça uma caipirinha.
Às vezes, você se sente impotente
E quem você mais admira te admira também
(Mas se for outro tipo de impotência, procure um médico!)
Às vezes, só às vezes, você quer sair sozinha
Porque quer tirar a dúvida se você se basta assim
Já que a vida é tão cruel contigo
E um arco-íris forte e completo te recepciona na esquina de casa
E então, você sabe.
Mesmo sendo ateu, às vezes você reza, pede, suplica por algo – ou alguém – que nem imagina que exista.
E de fato, te ajuda.
Seria Deus, o Universo ou um delírio?
Às vezes você queria ser alguém, seja porque esse alguém é magro, rico, inteligente ou não tem pelos no corpo
Se olhe no espelho e liste quantas coisas você conquistou até agora
Cada pneu na sua barriga é um churrasco bem sucedido
Cada centavo que você economizou serve para fazer outro churrasco no futuro
Ou pra jogar na mega-sena.
Mas se olha e se enxerga como uma pessoa única e maravilhosa.
Porque isso todos nós somos.
Às vezes a vida é ruim
Mas será que se eu a olhasse como ruim
Veria tantas coisas boas?