It can be helpful to remember that doing so may invite unwarranted attacks. When a mean comment sticks with Eckler, she says yoga helps undo its destructive effect. “I set my intention at the start of my practice to not think,” she says, “and by the time the hour is over, I’m back to being in a good mood and planning what to write next.”
Even when you’ve received constructive feedback, Beaton encourages placing it in the right context. “In the moment, criticism can feel really painful, but it’s not necessarily a blanket judgment of who you are as a human being,” she says. “It is simply learning that what you’ve done doesn’t match someone else’s evaluation criteria.” Instead of berating yourself, you can focus on how you’ve missed the mark on that specific expectation and follow up for clarification.
In the months since Anna first was confronted with her son’s criticisms, she’s learned to take them in stride. She’ll walk away if she feels frustrated and wait until she’s ready to face the constructive remarks. “I can’t beat myself up for not understanding something,” she says. “I have to grow from it.” This approach, she adds, is helping her become a better grand-mother— and a better mother, too.
Tradução…
Pensamento crítico
Lidar com críticas negativas significa saber com quais devemos aprender e quais devemos ignorar
Por Erica Lenti
Anna passou a maior parte da vida adulta criando seus filhos. Depois que ela e o marido se casaram em 1983, o casal não perdeu tempo para aumentar a família. Seus quatro meninos, todos nascidos no período de uma década, estão hoje na faixa dos 20 e 30 anos, e já começaram a ter seus próprios filhos.
A administradora de 57 anos ficou empolgada com a ideia de ser avó, mas ficou surpresa com as críticas que enfrentou com relação às suas habilidades na criação de crianças. Ano passado, Anna estava dando a mamadeira ao neto recém-nascido no que ela chama de “à moda antiga” – com ele no colo, deitado na horizontal, mamadeira na boca –, quando seu filho a repreendeu. “Você está fazendo tudo errado”, disse ele, observando que o bebê devia estar sentado ereto. “Não se faz mais desse jeito.”
“Eu pensei, criei vocês quatro. Como eu poderia não saber o que estava fazendo?”, recorda Anna. “Fiquei magoada.” Ela guardou o comentário e desde então se pergunta: será que não fui uma boa mãe?
Remoer críticas negativas é algo que todos fazemos: um famoso artigo de 2001, publicado na Review of General Psychology, até mesmo provou que somos desproporcionalmente mais propensos a lembrar as coisas ruins ditas sobre nós do que as boas. Desde comentários negativos no escritório até palavras ferinas sobre nosso comportamento vindas de quem amamos, não conseguimos evitar as críticas. Mas criar resiliência a elas e aprender a aceitar e superar as críticas negativas é uma habilidade que qualquer um pode e deve desenvolver.
Pare e escute
Quando ouviu a crítica do filho, Anna primeiro a descartou como diferença de gerações. Ignorar um julgamento ou assumir uma postura defensiva em resposta a ele são formas comuns pelas quais tentamos nos apartar do que pode ser doloroso escutar. A longo prazo, porém, desviar-se da crítica negativa pode ser uma oportunidade perdida de autoaperfeiçoamento.
Noah Lazar, psicólogo de Toronto especialista em terapia cognitivo-comportamental, sugere tirar um tempo para processar as críticas em vez de reagir de imediato. Isso, afirma ele, vai proteger o relacionamento com alguém que pode, na verdade, estar tentando ajudar você. “A raiva e a atitude defensiva nunca são bem-recebidas”, diz ele. “Você pode dizer: ‘Agradeço seu comentário. Vou refletir sobre isso.’ E parar por aí.”
Uma vez fora da situação, ele explica, você fica mais capaz de analisar com calma e lógica o que os comentários significam e como pode modificar suas ações no futuro. Esse é um dos primeiros passos do que a área de Lazar chama de “reestruturação cognitiva”, o processo de reconhecer sua atitude defensiva automática e perguntar a si mesmo por que isso acontece. Se essa prática é regular o bastante, Lazar diz que o resultado é um melhor entendimento de suas emoções reflexivas e, por sua vez, um maior controle sobre suas reações.
Diferencie críticas de ataques
Aceitar uma crítica pode significar a diferença entre sucesso e fracasso. Um estudo de 2008 da Universidade do Sul da Califórnia descobriu que interações com o corpo docente (na forma de críticas construtivas) permitiram que alunos sub-representados não só melhorassem suas notas como também aproveitassem mais sua experiência educacional. E, quando se trata de relacionamentos amorosos, os pesquisadores descobriram que críticas positivas e construtivas se traduzem em maior satisfação geral com a parceria.
Mas, como diferenciar entre a crítica útil e a prejudicial? Eleanor Beaton, especialista em desenvolvimento de liderança feminina da Nova Escócia, diz que a distinção está na maneira de falar: o tom foi agressivo ou a pessoa estava calma e demonstrando empatia? Usou linguagem depreciativa? E a mensagem foi apresentada como uma sugestão para melhoria – oferecendo, por exemplo, dicas úteis para se sair melhor da próxima vez – ou teve o objetivo de envergonhar, de chamar a atenção apenas para as suas falhas? “Só porque recebeu críticas não significa que você tem de aceitá-las”, diz Eleanor, sugerindo que o silêncio é uma resposta apropriada a uma agressão que não é construtiva.
No entanto, se o comentário abre espaço para melhoria, você pode tentar estabelecer metas realistas para modificar um comportamento problemático. Começar com um pequeno passo, diz Lazar, pode evitar que você se sinta oprimido. Se o amigo com quem você divide o apartamento está insatisfeito com seu hábito de não contribuir com os gastos, por exemplo, comece assumindo um compromisso específico, como lavar a louça mais vezes. “Fazer uma pequena mudança é muito mais administrável”, diz ele. “Depois você pode avançar para as metas de se modificar em termos gerais.”
Não leve para o lado pessoal
A jornalista e escritora Rebecca Eckler, de Toronto, demorou muito tempo para aprender a não levar muito a sério os ataques ao seu trabalho. Rebecca, mais conhecida por seus textos controversos sobre maternidade/paternidade, vem recebendo palavras agressivas dos leitores desde 2006. Há seis anos, quando escreveu uma coluna relatando ter deixado seu bebê recém-nascido com a mãe de seu noivo enquanto viajava de férias, os comentários na Internet foram enraivecidos, referindo-se a Rebecca com termos ofensivos. Duas vezes durante sua carreira ela se lembra de vomitar como reação a palavras cruéis. “Houve muitos dias em que eu pensei, ‘não posso mais fazer isso’, principalmente quando uma coluna viralizava e os comentários maldosos começavam.”
Para lidar com isso, Rebecca tenta não levar as coisas muito para o lado pessoal; procura lembrar-se de que a maioria dos colunistas que escrevem sobre si mesmos recebe um monte de mensagens desagradáveis. Talvez seja útil lembrar que fazer isso pode atrair ataques injustificados. Quando um comentário maldoso se fixa na mente de Rebecca, ela diz que a ioga ajuda a desfazer seu efeito destrutivo. “No início da prática, defino minha intenção de não pensar”, diz ela, “ e, ao fim de uma hora, estou com meu bom humor recuperado e planejando o que vou escrever em seguida.”
Mesmo quando se trata de uma crítica construtiva, Eleanor incentiva a situá-la no contexto certo. “Na hora a crítica pode ser mesmo dolorosa, mas não é necessariamente um julgamento abrangente de quem você é como ser humano”, diz ela. “Está só informando que o que você fez não se encaixa nos critérios de avaliação de outra pessoa.” Em vez de repreender-se a si mesmo, concentre-se em entender como você falhou em relação àquela expectativa específica e busque esclarecimentos.
Nos meses seguintes às críticas que ouviu do filho, Anna aprendeu a recebê-las com calma e tranquilidade. Ela se afasta caso se sinta frustrada e aguarda até estar pronta para escutar os comentários construtivos. “Não posso me recriminar por não compreender algo”, diz ela. “Tenho de superar isso.” Ela acrescenta que essa abordagem a está ajudando a se tornar uma avó melhor – e uma mãe melhor também.