Para alegrar seu dia, e te inspirar, confira três emocionantes histórias que vão recuperar sua fé na humanidade... E se emocione!
Julia Monsores | 20 de Novembro de 2020 às 14:00
Elileen Taylor pensava em algo doce enquanto estava parada na fila do drive-thru do Heav’nly Donuts. Mas não era em donuts. No dia anterior, o desconhecido que se encontrava à sua frente na fila pagara-lhe generosamente o café.
“Essa atitude surpreendente teve um enorme impacto no meu dia”, explica Eileen, de 55 anos. Perdera o emprego como assistente clínica havia pouco tempo e o dinheiro era curto. No entanto, Eileen sentiu-se inspirada a pagar a conta de 12 dólares da família que estava atrás de si na fila.
O que ela não soube foi que a sua gentileza se tornou viral e que desencadeou uma reação em cadeia, com dezenas de clientes daquela drive-thru dispostos a pagar a conta das pessoas atrás também. Em duas horas e meia, 55 pessoas pagaram a conta dos clientes que vinham a seguir na fila.
Os empregados da loja de donuts já tinham presenciado uma situação destas. Na verdade, esta loja Heav’nly Donuts, em Amesbury, no Massachusetts, é conhecida por ser especial – a gerente, Wendy Clement, diz que os seus clientes são “os melhores do mundo”.
Mas, mesmo assim, os funcionários ficaram fascinados quando o 15.º carro se encostou à janela e o condutor pagou a despesa de quem vinha atrás – já sabiam que havia uma corrente. Quando as filas terminaram e o balcão ficou vazio, a loja havia mais do que duplicado o recorde anterior.
Mais tarde, nesse dia, Eileen passou por lá para ir buscar um café. Wendy contou-lhe o que se tinha passado. “Estava toda a gente excitadíssima!”, recorda Eileen.
Atualmente, Eileen trabalha de novo como assistente clínica e, todos os sábados de manhã, vai ao Heav’nly Donuts para tomar um café – e pagar a conta de quem vem a seguir.
Em 2009, Dan Black foi atropelado por um carro na sua cidade natal de Chepstow, no País de Gales. Dan seguia de bicicleta para o trabalho, que era numa mercearia. O acidente deixou-o paralisado do peito para baixo. Durante a convalescença, sofreu um acidente vascular cerebral que lhe inutilizou por completo o braço direito.
Outrora um guitarrista promissor, Dan, agora com 25 anos, vive com os pais e precisa de cuidados permanentes que custam cerca de 300 mil dólares por ano.
Depois do acidente, um amigo de Dan criou o Fundo de Ajuda a Dan Black para custear algumas das despesas médicas de Dan.
Dan ouviu falar de um tratamento experimental com células-tronco na China que o poderia pôr a andar novamente.
Quatro anos depois, os donativos feitos ao Fundo e a ajuda monetária de vários angariadores perfaziam 30 mil dólares. Um dia, no verão de 2013, uma notícia chamou a atenção da mãe de Dan, Michaela, que a partilhou com o filho. Era a história de um rapazinho chamado Brecon Vaughan, que tinha uma forma rara de paralisia cerebral e que nunca tinha conseguido caminhar sem ajuda.
A família do menino tinha criado uma página na Internet através da qual esperavam conseguir angariar os 100 mil dólares necessários para uma deslocação ao St. Louis Children’s Hospital, onde existia um tratamento que podia ajudar no caso de Brecon. Só tinham conseguido angariar metade do dinheiro – dizia a reportagem.
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Dan pensou. Depois, após concluir que o seu próprio sonho de voltar a andar poderia estar a uma distância de anos, doou os seus 30 mil dólares à causa de Brecon. “Não desejo estar paralisado”, disse Dan a outro jornalista. “Mas eu sei qual é a sensação de caminhar. O Brecon não a conhece. Ele precisa disto mais do que eu.”
A generosidade de Dan encontrou um enorme eco junto da comunidade. Rapidamente a chover contribuições na página dos Vaughan. A família rapidamente se viu com mais dinheiro do que aquele de que precisava. Doaram os fundos em excesso – cerca de 17 mil dólares – à organização Tree of Hope. Essa associação ajuda crianças doentes no Reino Unido a encontrar tratamento médico especializado. Em outubro, Brecon e a família voaram até St. Louis para dar início ao tratamento.
“O que Dan fez foi brilhante!”, diz a mãe de Brecon, Ann Drewery. “Foi uma atitude surpreendente.”
O dia 15 de setembro de 2013 era o dia perfeito para um casamento em Atlanta – sol e 25°C. Tamara Fowler tinha planeado casar-se nesse dia. Só que um mês antes do casamento, telefonou aos pais, em Roswell, na Georgia, a dizer-lhes que cancelara o casamento.
Os pais, Willie e Carol Fowler, ficaram “devastados”, lembra Carol. Por que razão, então, nesse mesmo dia de setembro, estão Willie, Carol e Tamara a comer, a beber e a dançar, entre centenas de foliões no Villa Christina, em Atlanta?
É que quando Willie e Carol enfrentaram a perspetiva de perder 75% do valor da caução depositada na conta daquele restaurante italiano caríssimo que tinham reservado para o casamento da filha, Willie teve uma ideia.
“Vamos fazer a minha festa de aniversário e convidamos os moradores de rua!”, declarou Willie, que faria 70 anos.
Assim, Carol acabou por telefonar para uma instituição sem fins lucrativos e pediu-lhes para alargar o convite a todas as famílias locais em dificuldades: ao todo, apareceram 237 homens, mulheres e crianças.
Durante o coquetel, as crianças brincaram e beberam limonada cor-de-rosa. No pátio exterior, os adultos debicavam entradas como tapas de camarão com coco, minifolhados com salada de galinha e miniaturas de massa com queijo. Depois do jantar, terminaram a noite dançando no salão.
“Os nossos convidados disseram-nos que tiveram a melhor refeição de sempre!”, conta Carol.
A dada altura, Tamara abraçou a mãe e sussurrou-lhe: “Ainda bem que conseguimos ajudar todas estas pessoas em vez de desperdiçarmos tudo isto.”
Segundo diz Carol: “Esta experiência enriqueceu-nos muito mais do que imaginámos.”