Ter uma atitude otimista em relação à vida pode aumentar as chances de viver mais e melhor. Essa é a conclusão de uma pesquisa holandesa baseada em quase
Ter uma atitude otimista em relação à vida pode aumentar as chances de viver mais e melhor. Essa é a conclusão de uma pesquisa holandesa baseada em quase mil pessoas entre 65 e 85 anos, em 1991. Nove anos depois, aqueles com os maiores níveis de otimismo no início reduziram o risco de morte quase pela metade.
A taxa de mortalidade entre os otimistas foi de apenas 55% da taxa do grupo mais pessimista. Além disso, o risco de morte por doença cardiovascular foi de 23%, mesmo levando em consideração uma doença preexistente e fatores de risco como índice de massa corporal, hipertensão e colesterol. O otimismo tem efeito protetor.
Amar a vida pode salvar você
Cientistas descobriram que uma atitude otimista faz mais do que colocar um sorriso no seu rosto. Esse comportamento diminui o risco de ficar doente quando exposto ao vírus da gripe comum. Além disso, também reduz em 50% o risco de doença cardíaca e aumenta a chance de recuperação de um infarto no miocárdio.
Portanto, permanecer feliz e sentir-se no controle estabelece o que os especialistas chamam de “resiliência diante do estresse”— veja aqui algumas formas de ser cada vez mais resiliente. Sem esse campo de força quase mágico, a mente e o corpo podem ficar saturados de hormônios do estresse. Assim, pode ocasionar depressão, ansiedade e um risco maior de tudo, desde gripes a doença de Alzheimer. Por fim, a pessoa pode ainda piorar problemas como glaucoma, rosácea e diabetes. (A rosácea, inclusive, ocorre três vezes mais nas mulheres do que nos homens; entenda melhor e como controlá-la.)
Mas como isso é possível? Um elemento-chave é a capacidade de aproveitar o momento. Ou seja, viver cada minuto e se divertir. Brincar não é uma habilidade fácil para um adulto compreender. “Somos programados desde os 20 anos para fazer coisas que os outros consideram importantes – é assim que recebemos salário e conseguimos nosso senso de valor”, diz Dr. George Valliant, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard. Ele cita Winston Churchill como um bom exemplo de alguém que soube trocar energia e ambição por diversão na aposentadoria. “Churchill estava sempre procurando a aprovação das pessoas. Ele escrevia lindamente, tanto que ganhou um Prêmio Nobel de Literatura”, conta. “Porém, assim que se aposentou, parou de escrever e começou a pintar.”
Ria mais
O riso libera endorfinas que criam um sentimento de alegria e euforia, reduz os hormônios do estresse, relaxa os músculos e estabiliza a respiração. Cientistas mostraram que ver um filme engraçado, por exemplo, melhora o fluxo sanguíneo quase da mesma forma que o exercício. Na verdade, uma boa dose de risadas pode aumentar o gasto calórico em cerca de 20%. O psicólogo Robert Holden compara o efeito a um “exercício aeróbico interno de alto impacto”. Rir regularmente ajuda a lidar melhor com a dor, combater infecções, acelerar o processo de cura e melhorar a saúde em geral. Para começar, que tal conferir nossas melhores piadas?
Conte as coisas boas
Focar no que é bom faz tudo parecer melhor. Psicólogos pediram a 192 alunos que listasse, por dez semanas, cinco eventos que haviam experimentado naquela semana. A um dos grupos foi pedido que listassem coisas pelas quais estavam gratos. Já ao outro grupo solicitaram que enfatizassem os aborrecimentos do dia a dia. E ao terceiro grupo não foram dadas instruções. Também foi pedido a todos que classificassem seu humor, reações aos outros, tempo gasto exercitando-se, sintomas físicos e sentimentos sobre a vida. Quando os resultados foram analisados, as pessoas do grupo dos “gratos” viam a vida de forma mais positiva, eram mais otimistas em relação ao futuro, respondiam com mais alegria à ajuda de outros e tinham menos sintomas físicos. Para comprovar esses dados, conheça a linda história de gratidão de Lisa Field.
Crie tempo para você
O estresse é um dos maiores obstáculos à felicidade. Muitos estudos comprovam que o estresse prolongado tem efeitos nocivos sobre a imunidade, o sistema nervoso e o equilíbrio hormonal. Entretanto, tem influência adversa em outras formas de comportamento relacionadas à saúde, como exercícios, alimentação, fumo e bebida. Além disso, pode promover depressão, perda de memória e doenças como diabetes melito e doença cardíaca.
Então, reserve tempo só para você pelo menos uma vez por semana. Não importa o que fizer – correr, meditar, aula de artes – contanto que faça você se esquecer dos problemas.