A ansiedade é um desequilíbrio químico no cérebro. Saiba como ajudar uma pessoa com crise de ansiedade apenas evitando dizer coisas básicas.
Marina Estevão | 7 de Outubro de 2020 às 19:00
O Transtorno de ansiedade é uma das principais doenças do século XXI, junto com a depressão, a obesidade e a Síndrome de Burnout.
Todos nós nos sentimos ansiosos de vez em quando, seja por uma entrevista de emprego ou um encontro amoroso. Afinal, a ansiedade é uma condição natural do ser humano.
Porém, quando a ansiedade é crônica e persistente é onde mora o problema. Há alguns sintomas específicos da doença, que podem ser:
A ansiedade é um desequilíbrio químico no cérebro. Portanto, certas palavras podem desencadear gatilhos para novas crises. Confira o guia abaixo para saber o que não dizer para uma pessoa que sofre com a doença.
Pedir para alguém com ansiedade que não pense no que está causando a crise não irá ajudar. Justamente porque quando nos esforçamos para não pensar em algo, o pensamento domina a nossa mente. Dizer isso pode, inclusive, aumentar a ansiedade.
Uma pessoa ansiosa não consegue controlar seus problemas e pensamentos, não há uma fórmula de “superar” algo. Ela só pode ser ajudada com intervenção psicológica e médica. Então, essas palavras podem fazer o indivíduo se sentir ignorado.
Palavras positivas de apoio podem parecer uma boa maneira de amenizar uma situação, mas não neste caso. Incentivar alguém que está tendo uma crise a enfrentar o medo naquele momento pode gerar frustração e uma piora no quadro de ansiedade. Portanto, gere uma empatia pela dificuldade da pessoa e diga que estará ao lado dela quando ela estiver preparada.
Existe uma diferença entre a ansiedade gerada por situações normais e a ansiedade crônica. Ao dizer que você também sofre do mesmo problema, pode significar uma banalização dos sentimentos da outra pessoa, pois há uma comparação.
Definitivamente, durante uma crise, o que uma pessoa não consegue fazer – por mais que ela queira! – é se acalmar. Isso pode parecer simples, mas não é. Ao invés disso, deixe a pessoa se acalmar no tempo dela. Se possível, acompanhe-a para um lugar mais tranquilo em que ela possa se sentir melhor e mais segura.
Em primeiro lugar, tenha empatia e respeito pela situação em que a pessoa se encontra. Não há problema em ficar em silêncio. Você pode apenas fazer um carinho leve nas mãos ou nos braços.
Se sentir necessidade de se expressar, diga frases como “isso não é culpa sua”, “sinto muito que você esteja passando por isso” ou “eu entendo como isso deve ser difícil para você”.
Se puder, leve a pessoa para um local tranquilo, ao ar livre, proponha exercícios respiratórios ou tente tirar o foco dos sintomas. Você pode pedir para ela observar o ambiente, contar carros estacionados ou nomear cores que vê. O objetivo é distrair a pessoa que está com o sistema de “luta ou fuga” acionado.