Descubra a diferença entre as técnicas mais populares, mindfulness e atenção concentrada, e aproveite os benefícios da meditação para o corpo e a alma.
Redação | 16 de Março de 2019 às 12:00
Muitas pessoas têm dificuldade no início da prática de meditação. Porém, os meditadores experientes garantem que vale a pena persistir. Há muitos estilos de meditação, mas os dois mais comuns atualmente são a meditação de atenção concentrada, na qual a meta é concentrar-se em alguma coisa, como a respiração, e a meditação de atenção plena (mais conhecida como mindfulness), na qual os praticantes tentam tomar consciência de tudo que faz parte da experiência, mas sem reagir.
“O treinamento nos permite transformar a mente, superar emoções destrutivas e dissipar o sofrimento”, diz o monge budista Matthieu Ricard. “Os numerosos métodos que o budismo desenvolveu no decorrer dos séculos podem ser usados por qualquer pessoa. Só é preciso entusiasmo e perseverança.” Tudo isso parece muito compensador, mas o que a ciência tem a dizer sobre o assunto?
Na última década, pesquisadores usaram a ressonância magnética funcional (RMf) para examinar o cérebro de meditadores iniciantes e de outros experientes, como Ricard. Hoje, a imagem científica da meditação indica que ela pode mudar drasticamente aspectos do temperamento e da saúde física do praticante.
“Investigar a natureza da mente só pode ser útil”, diz Clifford Saron, pesquisador‐chefe do projeto Shamatha, um dos estudos científicos mais abrangentes sobre a meditação do Centro de Mente e Cérebro da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. E o melhor: ninguém precisa ter uma visão de mundo budista ou espiritualista para tirar proveito da meditação. Confira a seguir os principais benefícios de meditar e como começar a praticar mindfulness e meditação concentrada.
No começo, procure um local calmo de sua casa e pratique os exercícios abaixo por 15 minutos. Posteriormente, aumente o tempo de meditação como preferir.
Sentado numa almofada ou cadeira, com as costas eretas, as mãos no colo e os olhos fechados, concentre-se no objeto escolhido: a respiração, por exemplo, ou, mais especificamente, a sensação do ar saindo da boca ou das narinas. Tente manter sua a atenção ali. Provavelmente o pensamento vai se afastar para uma coceirinha na perna ou no que há para fazer mais tarde. Mas traga-o de volta para a respiração.
Com o tempo, o exercício treina três habilidades da mente: prestar atenção às distrações, deixá-las “de lado” e voltar a se concentrar no objeto da meditação. Talvez você descubra ser cada vez mais fácil se manter focado.
A meta é monitorar todas as várias experiências da mente – pensamentos, emoções, sensações corporais – e simplesmente observá-las em vez de focar uma delas. A ideia é manter a consciência, mas distanciada.
Os que desenvolvem o hábito de praticar mindfulness acham que fica mais fácil gerenciar as emoções na vida cotidiana. Quanto mais se pratica a meditação, mais profundas serão as mudanças.