Pessoas comuns podem ter gestos grandiosos que fazem delas verdadeiros heróis. Eis dois exemplos que são grandes exemplos de solidariedade.
Redação | 1 de Fevereiro de 2019 às 09:00
Elas podem não ter capa nem superpoderes, mas algumas pessoas comuns como nós são exemplos tão evidentes de solidariedade que nos inspiram como verdadeiros heróis. Eis dois desses exemplos.
Massoud Hassani, de 32 anos, tem uma missão. Ele quer livrar o mundo das minas terrestres não detonadas com rapidez e segurança. O desenhista industrial passou a infância no Afeganistão, país flagelado por cerca de dez milhões delas. Mas “Cada mina destruída é pelo menos uma vida salva, e todas as vidas contam”, diz ele.
Hassani criou sua primeira invenção no último ano de faculdade nos Países Baixos, onde mora hoje. Inspirado pelos brinquedos leves de papel que fazia quando menino, ele imaginou uma bola gigante de varetas de bambu e pés de plástico. Leve o bastante para ser soprada pelo vento, mas com peso suficiente para detonar as minas. A chamada “Mine Kafon” pode percorrer campos minados sem que seres humanos corram risco.
O projeto mais recente de Hassani é ainda mais ambicioso. O Mine Kafon Drone, que já obteve mais de 170 mil libras em um site de financiamento coletivo, pode mapear, perceber e detonar minas. Portanto, a ideia é que seja mais seguro, barato e rápido do que a tecnologia atual para eliminar minas. A meta de Hassani: “Livrar o mundo dessas minas nos próximos dez anos.”
Em 2003, o soldado britânico Wayne Ingram servia na Bósnia quando conheceu Stefan Savić, de 4 anos. O menino nasceu com uma doença rara, que deixava o rosto deformado, e precisava de uma grande cirurgia que a família não podia pagar.
Assim, Wayne decidiu ajudá-lo. De volta ao Reino Unido, começou a levantar as 140 mil libras necessárias para tratar Stefan. Hoje, 13 anos e seis operações depois, Stefan tem um novo rosto. Wayne recorda o momento em que as ataduras foram retiradas e Stefan se olhou no espelho. “Seus olhos se encheram de lágrimas”, conta o soldado. “Foi muito bonito.”
“Só posso dizer obrigado”, acrescenta Stefan. “Muitas e muitas vezes.”